Quentin Tarantino é um deus vingativo

Tarantino volta a fazer a sua justiça. Charles Manson conseguiu o que queria quando se mudou para Hollywood onde praticou os seus crimes: ficar famoso. É com um sorriso que podemos dizer: não neste filme. Para ler apenas depois de se ter visto Era Uma Vez... em Hollywood.

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Ralph Crane

Os anos 1960 terminaram no momento em que se espalhou a notícia do que acontecera em Cielo Drive, Hollywood, diz-nos a ensaísta americana Joan Didion em The White Album (1979). Era Uma Vez... em Hollywood é um filme sobre transição. Entre uma era na história americana que parecia inocente, quando não o era totalmente, e um período que parecia revolucionário, e que não o foi completamente. Quentin Tarantino volta a colocar-se no papel de deus vingativo: através do seu cinema, ele administra a justiça que não foi concedida pela História. Mas, desta vez, consegue levar a audiência a lugares emocionais mais intrincados.

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