Cartas ao director

Apelo a Marcelo

(…) Desde que nasci (1934) conheci o Presidente António Óscar Carmona e todos os seguintes e, salvo o devido respeito por todos os que se seguiram, o actual tem um estilo fora do comum. De um irrequietismo invulgar, nunca está, e bem, no seu gabinete de trabalho, no Palácio de Belém, sempre perto do povo, que o elegeu, não pára. O país está a atravessar, com esta chamada “crise energética”, em pleno mês de férias dos portugueses e regresso dos emigrantes, um autêntico caos, de difícil resolução. Na minha opinião, e que me desculpe senhor Presidente da República, acho que deveria, numa comunicação ao país, apelar no sentido de acabar com esta chamada “guerra” entre patrões e motoristas de matérias perigosas. O que está a acontecer é na realidade uma vergonha, (…), senhor Presidente da República, e V. Ex.ª. sabe que o é!

Tomaz Albuquerque, Lisboa

Pelo bico morre o Pardal

Instado a pronunciar-se sobre a situação da greve dos motoristas e fazer o respectivo ponto de situação depois da reacção musculada do Governo, que a generalidade dos portugueses compreendem e aceitam, Pardal Henriques respondeu que, com a situação existente, a greve poderia prolongar-se por dez anos! Nem era precisa a greve para perceber quais os objectivos de Pardal. Hoje, mais nervoso e truculento, abriu o bico e zás! Já percebemos todos! E também não são precisos dez anos. Bastam dois meses! As legislativas não estão marcadas para o início de Outubro? Então para quê são necessários dez anos?

Helder Pancadas, Sobreda

Motoristas, sim ou não?

Os motoristas têm que ter um contrato colectivo de trabalho no qual estejam bem definidos os direitos e as obrigações. É inaceitável que só sejam pagas duas horas extraordinárias diárias e não todas as que na realidade são efectuadas e, com este exemplo, fica demonstrado que algumas das revindicações dos motoristas são mais do que legítimas. O que parece ilógico é querer negociar aumentos para 2022, ou até 2025. São estas últimas exigências que fizeram com que os motoristas perdessem o apoio dos portugueses, muito embora, repito, algumas das exigências tenham razão de ser e sejam justas.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Greve justíssima

Não há dúvida que há greves que têm repercussão nacional, seja dos estivadores na economia, seja dos combustíveis, saúde ou transportes no cidadão. Na actual e legal greve dos condutores, pelo muito que se ouve, parece que o diferendo está entre o salário base de 600 e tal euros mensais e mais outro tanto em horas extraordinárias e ajudas de custo. Aqui, as horas extraordinárias passaram a ser prática corrente, pelo que é justíssima esta greve em que os trabalhadores reivindicam um aumento de salário, para a doença e reforma, mesmo diminuindo o valor das horas extraordinárias.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

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