Polícias. Mais de 12 mil operacionais mobilizados para manter a ordem

PSP e GNR vão reforçar a segurança nas bombas de gasolina, hipermercados, aeroportos e nas entradas e saídas das grandes cidades.

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Foram formadas, entre as forças de segurança e as Forças Armadas, 521 pessoas para fazer cargas e descargas LUSA/MIGUEL A. LOPES

Serão mais de 12 mil os efectivos das forças de segurança, entre PSP e GNR, mobilizados e prontos para entrar em acção durante a greve dos motoristas. O objectivo é prevenir incidentes, manter a ordem e acompanhar o transporte de matérias perigosas, assim como o de produtos perecíveis e de primeira necessidade, segundo apurou o PÚBLICO.

Os locais com vigilância mais apertada serão as bombas de gasolina, hipermercados, aeroportos, hospitais e as entradas e saídas das grandes cidades. Prevê-se uma maior concentração de efectivos nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro.

Segundo o que foi divulgado pela própria PSP à agência Lusa, esta força de segurança fará escoltas de segurança a colunas de veículos automóveis pesados de mercadorias no quadro dos serviços mínimos ou de meios alternativos com os meios adequados, nomeadamente através do Corpo de Intervenção. E a viatura cisterna da PSP (veículo de logística operacional) vai ser utilizada como apoio e reserva ao abastecimento de combustível para veículos da PSP e para apoio à comunidade em caso de necessidade. Também caberá à PSP garantir a segurança junto de piquetes de greve e a gestão do trânsito nos principais eixos rodoviários da sua área de responsabilidade.

Para esta missão durante a greve dos motoristas, a PSP vai mobilizar todas as suas valências dos comandos territoriais, nomeadamente Equipas de Intervenção Permanente, Equipas de Prevenção e Reacção Imediata, carros patrulha e de investigação criminal, e da Unidade Especial de Polícia, como o Corpo de Intervenção, Grupo Operacional Cinotécnico, Grupo de Operações Especiais, Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo.

Ao PÚBLICO, a Guarda Nacional Republicana (GNR), disse apenas que “no âmbito da sua missão irá zelar pelo cumprimento da legalidade democrática e pelas condições de segurança, que permitam o exercício dos direitos e liberdades, assim como o respeito pelas garantias dos cidadãos”. E, “nesta senda, os militares da GNR que vierem a ser mobilizados para esta operação estão a ser instruídos no sentido de manterem, a todo o tempo, uma atitude irrepreensível, assegurando uma actuação que, sem macular a exigível firmeza e clareza, traduza um permanente e absoluto respeito pelos princípios da legalidade e da proporcionalidade”.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, anunciou sexta-feira que 521 elementos das forças de segurança e armadas vão assegurar os serviços mínimos, durante a greve dos motoristas. “Foram formados entre as forças de segurança e armadas 521 pessoas para fazer estas tarefas”, disse, referindo-se às cargas e descargas dos veículos pesados.

Situação que não agrada aos sindicatos da PSP e da GNR que, na quinta-feira, já se mostraram contra a utilização de agentes das forças de segurança para fazer o transporte de combustível durante a greve. O presidente da Associação Nacional dos Profissionais da Polícia, Paulo Rodrigues, levantou questões relativamente à “legalidade” da utilização de agentes da PSP para fazer transportar as matérias perigosas e César Nogueira, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (GNR), disse que “não se chamam polícias para conduzir camiões com matérias perigosas”.

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