PPM não concorre às regionais da Madeira em Setembro

O coordenador regional do PPM na Madeira, João Noronha, traça um quadro negro da política na região.

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Boletim de voto (arquivo) Nuno Ferreira Santos

O Partido Popular Monárquico (PPM) anunciou nesta segunda-feira que não irá concorrer às eleições regionais de 22 de Setembro por considerar que não pactua com o regime republicano em vigor.

O coordenador regional, João Noronha, explicou que a inexistência de lista na Madeira se prende apenas com o actual momento político da região, do qual traçou um quadro negro.

“Nós somos o único partido monárquico do país e, se olharmos ao que se está a passar na Madeira, nós não podemos pactuar com tudo aquilo que está a acontecer”, afirmou.

Justificou primeiro com as críticas ao PSD-M considerando que o actual executivo pouco fez.

“Temos um actual presidente do Governo Regional que diz que ia fazer uma mudança e que de mudar não fez absolutamente [nada]”, afirmou, dizendo que Miguel Albuquerque “é, pelo menos, uma pessoa educada e já não chama os continentais de cubanos”.

Criticou ainda a candidatura do PS-M através do seu cabeça de lista, Paulo Cafôfo.

“Depois temos um que pretende ser presidente do Governo Regional e que talvez se tenha esquecido que, quando se candidatou a presidente da câmara do Funchal, seria para quatro anos. Desiste para se candidatar. Sendo assim, talvez tivesse sido melhor se aguardasse para que chegasse a hora”, disse.

À direita João Noronha criticou o CDS-M por estar disponível para uma solução governativa.

“Depois olhamos para partidos, que até se dizem democratas cristãos, que estão sem qualquer tipo de problema à procura do seu tacho para fazerem um governo seja com quer for, até com a esquerda”, disse.

Deixou ainda críticas a outros candidatos e partidos para concluir que perante o panorama rejeita concorrer às eleições legislativas regionais, argumentando que o PPM “como único que existe no país, não vai pactuar com os partidos republicanos e com o regime republicano”.

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