EasyJet aconselha passageiros a irem com “tempo extra” para aeroportos

Devido à greve estar a afectar o normal fornecimento do combustível nos aeroportos portugueses, “alguns voos para e de Portugal podem necessitar de paragens técnicas adicionais para reabastecer em aeroportos alternativos”

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Reuters/Andrew Yates

A companhia aérea EasyJet aconselhou os passageiros com viagens de e para Portugal a verificarem o estado do seu voo, bem como a deslocarem-se para os aeroportos nacionais com “tempo extra”, devido à greve dos motoristas.

Contactada pela Lusa, a transportadora de baixo custo informou que, “devido a uma greve a ter lugar em Portugal e que está a afectar a disponibilidade de combustível nos aeroportos portugueses, alguns voos para e de Portugal podem necessitar de paragens técnicas adicionais para reabastecer em aeroportos alternativos”.

“Aconselhamos todos os clientes com viagens planeadas de e para Portugal, nos próximos dias, a consultar o estado dos seus voos”, referiu a EasyJet, pedindo ainda a quem tiver que passar por um aeroporto português para se deslocar com “tempo extra, porque o tráfego poderá ser maior do que habitualmente”. A transportadora ressalva que, “ainda que isto esteja fora” do seu controlo, está a “fazer tudo o que seja possível para minimizar as perturbações”.

A Lusa contactou a TAP e a Ryanair sobre esta questão, mas ainda não recebeu resposta.

O ritmo de abastecimento no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, é “insuficiente, em níveis bastante abaixo do estipulado para serviços mínimos”, provocando “restrições à operação”, disse hoje a ANA Aeroportos. “Pelo que estamos a observar, no Aeroporto Humberto Delgado, o ritmo de abastecimento verificado até agora, é insuficiente, em níveis bastante abaixo do estipulado para serviços mínimos, tendo sido já implementadas restrições à operação, nomeadamente na redução de abastecimento de aeronaves”, lê-se num comunicado distribuído pela empresa.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica “medidas excepcionais” para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

Hoje, ao final do dia, o Governo decretou a requisição civil dos motoristas em greve, alegando o incumprimento dos serviços mínimos, anunciou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, após reunião do executivo por via electrónica.

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