Alicia Kopf embarca num barco sem destino

A artista plástica e escritora catalã, autora de Irmão de Gelo , parte em todos os seus projectos de um enigma. A sua obra trata de temáticas aparentemente individuais, mas são geracionais. A história da idade heróica da exploração polar e toda a épica masculina associada à conquista e à sua representação, apaixonam-na. Como mulher, precária, de classe média, quis reapropriar-se dela.

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Nuno Ferreira Santos

O seu nome de artista é Alicia Kopf. É o que usa desde que iniciou a sua trajectória artística, há mais de dez anos, quando começou a expor o seu trabalho. Saiu de um dos seus livros, da época em que se dedicava sobretudo às obras visuais e não tinha ainda publicado o romance Irmão de Gelo, traduzido no ano passado em Portugal pela Alfaguara, que a transformou num fenómeno literário. “Era um personagem que andava à procura de algo, não se sabia de quê. Quando se virava era visível que não tinha rosto”, conta a artista e escritora nascida em Gerona, em 1982.

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