A Madeira voltou a trazer más notícias para o Sporting

Os “leões”, que continuam sem qualquer triunfo desde o início da pré-época, estrearam-se na I Liga 2019-20 com um empate e nas últimas nove épocas apenas venceram por uma vez o Marítimo no Funchal.

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Thierry e Correa no jogo deste domingo LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

Já não é novidade para os sportinguistas, mas o Sporting voltou a não ser feliz num confronto com o Marítimo como visitante e entrou na I Liga 2019-20 a perder os dois primeiros pontos. Uma semana depois de serem goleados na Supertaça frente ao Benfica, os “leões” viram-se cedo em desvantagem, mas com Bruno Fernandes no comando, o que também já não é notícia, foram a equipa que esteve sempre mais perto de vencer. O empate (1-1) agrada a Nuno Manta Santos, que se estreou no campeonato como técnico dos madeirenses, e garante mais “uma semana dura” para Marcel Keizer.

Depois de seis jogos na pré-época sem vitórias e um desaire com o rival Benfica no primeiro jogo oficial, resultado que deixou muitas feridas abertas, uma deslocação à Madeira para defrontar o Marítimo para o campeonato estava longe de ser o cenário ideal. Keizer reconheceu-o e, para tentar inverter o rumo, o treinador do Sporting fez um par de alterações estratégicas na equipa.

Sem surpresa, o holandês regressou ao 4x3x3, abdicando de um terceiro central (Luís Neto), mas a ausência do castigado Doumbia no meio-campo retirava músculo e capacidade de pressão aos “leões”. Para precaver isso, Keizer atacou o Marítimo com Luiz Phellype, um avançado bem mais agressivo do que Bas Dost.

E os primeiros minutos pareceram dar razão ao treinador. Aparentemente descomplexados, os jogadores sportinguistas entraram bem na partida e, logo aos 2’, apenas a qualidade de Zainadine evitou que Luiz Phellype ficasse em posição de colocar os “leões” em vantagem.

Só que, como se ainda fossem precisas mais achas para a fogueira, na primeira vez que o Marítimo chegou perto da baliza de Renan marcou. Com muita ingenuidade, Thierry Correia deixou bater uma bola à sua frente e estendeu uma passadeira a Jhon Cley. O reforço do Marítimo agradeceu e cruzou para Getterson, que só teve que empurrar para o fundo baliza.

Com o golo o Sporting desapareceu do jogo. Com a bola a queimar nos pés sportinguistas, os minutos foram passando e parecia que Keizer ia chegar ao primeiro terço da partida sem ver qualquer remate dos “leões” à baliza. Mas, com Bruno Fernandes na equipa, qualquer treinador pode ser feliz. Aos 28’, o médio disparou uma “bomba” que Charles conseguiu desviar com muita dificuldade para canto. Na sequência da jogada, a bola regressou aos pés do capitão “leonino” que exibiu outra das suas especialidades: assistência perfeita para um colega (Coates) e o empate estava feito. O Sporting ganhava novo balão de ar.

Com os índicies de confiança recuperados, os “verdes e brancos” criaram novamente perigo quase de imediato (Raphinha desperdiçou) e até ao intervalo a melhoria dos lisboetas foi evidente.

Só que, após o intervalo, o Sporting pós-golo reapareceu. Com a equipa de novo sem iniciativa e Wendel escondido, Keizer demorou a reagir e apenas aos 73’ arriscou: Bas Dost e Vietto no lugar de Luiz Phellype e Eduardo. Com o argentino em campo, Wendel e Bruno Fernandes recuaram, o Sporting ficou mais permeável e o jogo ganhou a emotividade que ainda não tinha tido.

Com o internacional japonês Maeda no ataque, uma das apostas de Manta Santos, o Marítimo ganhou velocidade e a defesa “leonina” dores de cabeça: aos 75’, o avançado  acertou na trave. O Sporting reagiu por Raphinha, mas o brasileiro continuava em noite de desacerto. Mais atrás, eram Coates e Matthieu que pareciam dois principiantes ao oferecer a Clay a oportunidade de marcar.

O jogo estava partido e com perigo constante de ambos os lados, mas pouco depois chegou o apito final, reforçando uma má tradição “leonina”: nas últimas nove épocas, o Sporting venceu apenas uma vez o Marítimo no Funchal.

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