Exportações caem 8,3% e importações recuam 4,1% em Junho

Em termo acumulados, o primeiro semestre do ano saldou-se numa desaceleração, para 2,9%, das exportações e aumento do ritmo das importações, para 9,3%

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Daniel Rocha

As exportações portuguesas de bens diminuíram 8,3% e as importações recuaram 4,1% em Junho, em termos nominais, face ao mesmo mês de 2018, possivelmente reflectindo o menor número de dias úteis no período, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Os decréscimos registados em ambos os fluxos poderão estar relacionados com o facto de Junho de 2019 ter tido menos três dias úteis que Junho de 2018”, justifica o INE. Em Maio, as exportações tinham aumentado 8,5% e as importações tinham subido 14,3% em termos homólogos e nominais.

Segundo as “Estatísticas do Comércio Internacional” do INE, é de destacar em Junho a diminuição das exportações e importações de combustíveis e lubrificantes (menos 34,3% e menos 24,8%, respectivamente) e o acréscimo de 32,4% nas importações de material de transporte (maioritariamente aviões).

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em Junho as exportações diminuíram 6,2% e as importações decresceram 0,2% (quando a evolução tinha sido de subida de 9,8% e 11,4%, respectivamente, em Maio de 2019).

O défice da balança comercial atingiu em Junho 1,83 mil milhões de euros, mais 150 milhões de euros que no mesmo mês de 2018. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, nesse mesmo mês, o saldo da balança comercial foi negativo em 1,27 mil milhões de euros, “correspondente a um aumento do défice de 288 milhões de euros face a Junho de 2018”. 

Por mercados, e ainda referindo-se apena ao mês de Junho, o INE destaca a redução de 9,2% para Espanha “devido principalmente aos combustíveis e lubrificantes, mais concretamente dos produtos transformados”. No comportamento das importações, o INE destaca a “diminuição, em termos homólogos, nas importações provenientes de Espanha (-4,4%) e Alemanha (-7,3%)”, salientando “também o aumento das importações provenientes de França (+61,2%) devido sobretudo às aquisições de outro material de transporte (maioritariamente aviões).

Em termo acumulados, o primeiro semestre do ano saldou-se por um aumento de 2,9% das exportações e de 9,3% nas importações “o que representa uma desaceleração das exportações e uma aceleração das importações face à variação registada no segundo semestre de 2018 (mais 3,7% e mais 7,5%, pela mesma ordem)”, salienta o INE. Excluindo Combustíveis e lubrificantes, os acréscimos foram de 4,5% e 9,9%, respetivamente (+4,3% e +7,4%, no 2º semestre de 2018).

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