O Sp. Braga esteve a perder, mas acabou a ganhar

Dois golos já no período de descontos garantiram a vitória à equipa portuguesa frente ao Brondby.

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O Sp. Braga festejou por quatro vezes na Dinamarca Reuters/RITZAU SCANPIX

O símbolo do Brondby é um poço e foi de lá de dentro que nesta quinta-feira o Sporting de Braga saiu, na Dinamarca, onde disputou a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa. A equipa portuguesa esteve a perder, conseguiu a reviravolta, consentiu o empate, mas acabou por vencer, por 4-2, a formação nórdica com dois golos nos descontos.

Com o triunfo alcançado em Brondby, a equipa orientada por Sá Pinto tem a eliminatória e consequente passagem ao play-off de acesso à fase de grupos da segunda mais importante prova europeia de futebol na mão. E mesmo que o treinador dos bracarenses tenha dito no final do encontro que ainda “nada está decidido”, é difícil conceber que o Sp. Braga deixe fugir, em sua casa, o apuramento.

Não foi fácil o arranque dos minhotos na presente época. No jogo que marcou a estreia oficial da equipa na nova temporada, os minutos iniciais foram de algum nervosismo e desorganização em campo. Dores de crescimento que poderiam ter tido consequências. Sem conseguir ter a bola nos pés, o Sp. Braga viu o Brondby deixar um aviso logo aos 7’, com um golo a ser anulado por um fora-de-jogo milimétrico. E, oito minutos depois, um remate de Kaiser, bem colocado, após um mau alívio da defesa bracarense na sequência de um canto inaugurou mesmo o marcador.

O Sp. Braga não jogava bem nesta fase, mas um lance de bola parada bem aproveitado pelos minhotos trouxe a serenidade que a equipa precisava. Apenas três minutos após ter sofrido o golo, a cobrança rápida de um livre por parte de Sequeira permitiu um cruzamento “venenoso” para a área adversária onde Paulinho, oportuno, cabeceou para o empate.

O Brondby sentiu o golo, desconcentrou-se e uma perda de bola em zona proibida de Arajuuri foi aproveitada por André Horta para consumar a reviravolta no resultado. E, até ao intervalo, foi a equipa portuguesa quem jogou melhor, pois os dinamarqueses só nos lances aéreos e na bola parada incomodavam.

A segunda parte, contudo, começou com o golo do Brondby. De novo Kaiser a festejar, depois de ultrapassar Bruno Viana e de não tremer frente a Matheus. Com novo empate, temeu-se o pior, mas os portugueses conseguiram controlar este novo ímpeto nórdico e, com um ou outro susto, manter o resultado num empate com golos, o que não deixava de ser positivo.

Mas nova “prenda” de Arajuuri, que perdeu um duelo aéreo com Hassan em zona proibida, ofereceu a Ricardo Horta a hipótese do Sp. Braga recolocar-se em vantagem já em período de compensação, o que o avançado português não desperdiçou. Melhor era difícil, mas foi possível graças a um autogolo de Hermannsson, que deixa o Brondby… mesmo no fundo do poço.

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