Faculdade de Letras de Lisboa diz que árvores estão a ser abatidas porque põem em risco o edifício

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa alega que as raízes de algumas árvores estavam a pôr em causa a segurança do edifício e garante que a “quantidade e qualidade de arvoredo será escrupulosamente mantida”, potenciando o seu uso pela comunidade académica.

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A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa diz que está a proceder ao abate de algumas árvores nos jardins da faculdade porque estas representam “riscos estruturais” para o edifício desta instituição do ensino superior.

Nos últimos dias, foram surgindo denúncias de que estaria a ser abatida uma árvore de grande porte naquele local, sem que a comunidade académica daquela instituição tivesse sido ouvida sobre essa decisão. Em resposta a questões do PÚBLICO, o director executivo da faculdade, Luís Lameiro Santos, confirma que estão a ser abatidas árvores porque “os Serviços da Faculdade de Letras, em conjunto com a empresa de manutenção de jardins, identificaram inúmeros riscos estruturais” provocados por algumas das árvores do Jardim D. Pedro V. 

“As árvores borracheiras têm raízes volumosas, que se estendiam por todo o jardim, tendo levantado a base da estátua [de D. Pedro V], pressionando os muros de sustentação e inclusive deslocado para baixo da escadaria que serve o jardim e dá acesso ao átrio principal do edifício”, diz, por escrito, o director executivo desta instituição, sem contudo precisar quantas árvores já foram cortadas. 

De acordo com informação da direcção da FLUL, serão abatidas uma borracheira de grande porte, uma borracheira de médio porte, um limoeiro, duas laranjeiras, dois loendros e sebes de buxos. Luís Lameiro Santos nota ainda que estas árvores “não tinham sido projectadas inicialmente para o Jardim D. Pedro V, nem plantadas na altura da inauguração do actual edifício da faculdade”, em 1958, contrariando a informação de que estas árvores seriam centenárias.

Segundo o director executivo da FLUL, no início do ano, foi apresentado ao Conselho de Escola — órgão de governo com funções deliberativas e de supervisão, representando os docentes e investigadores, estudantes e quadros técnicos e administrativos da faculdade — um “pré-projecto” de recuperação do Jardim D. Pedro V, que incluía “a substituição das árvores por outras de porte distinto e a recuperação do jardim com espaços relvados”.

Este projecto está actualmente em fase de conclusão, nota Luís Lameiro Santos, garantindo que “a quantidade e qualidade de arvoredo será escrupulosamente mantida, aumentando a versatilidade do espaço e potenciando o seu uso pela comunidade académica”.

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