Bonés urgentes e imperiosas esferográficas

A contratação pública portuguesa usa um cinto de castidade bastante apertado — só que toda a gente tem a chave. O resultado é duplamente desastroso.

A notícia vinha no Expresso deste fim-de-semana: no âmbito do projecto Aldeia Segura, Pessoas Seguras — o tal programa de sensibilização que produziu golas de incêndio que convém não utilizar próximo de incêndios —, foram gastos, em 2018, cerca de 23 mil euros em 50 mil esferográficas, 30 mil lápis e 15 mil bonés. A história não está no valor dos bonés, dos lápis e das esferográficas, porque 25 cêntimos por item não é grande negócio para ninguém, mas sim na argumentação utilizada para aquilo que acabou por se traduzir em mais um ajuste directo por valores que não são permitidos em ajustes directos.

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