A gata de Pedro desapareceu durante um voo. Voluntários procuram-na no aeroporto de Lisboa

Uma gata desapareceu num voo entre Lisboa e Ponta Delgada, a 1 de Agosto. O dono do animal está no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde reuniu uma equipa de voluntários para tentar encontrar o animal. Grupo SATA e ANA - Aeroportos de Portugal não sabem o que aconteceu a Ayhuasca.

Foto
Pedro Medeiros/Facebook

A gata Ayhuasca, de seis anos, desapareceu durante um voo de Lisboa para Ponta Delgada, operado pela Azores Airlines, a 1 de Agosto. Foi vista pela última vez dentro da caixa de transporte quando Pedro Medeiros a levou até ao terminal de cargas do aeroporto de Lisboa, nesse mesmo dia. Desde então, o dono não sabe se o animal está vivo ou não.

Pedro Medeiros viajou na Ryanair — que não permite viagens a animais — e reservou passagens para as suas duas gatas na Azores Airlines. Ao chegar a São Miguel, Açores, de onde é natural, deparou-se com o gatil que transportava Ayhuasca vazio e com as portas abertas. Apesar de uma das gatas — Kiki — ter chegado sã e salva, a outra tinha desaparecido. “Entre a fase de levarem as gatas para a carga e o transporte até ao avião, uma das gatas desapareceu. Tentaram impingir-me que a gata tinha aberto a caixa, mas eu não acredito nisso, a minha gata não é o MacGyver”, afirmou Pedro Medeiros, nas redes sociais, onde tem vindo relatar a experiência.

Nos dias seguintes, Pedro Medeiros, ameaçou entrar em greve de fome caso não lhe permitissem procurar Ayhuasca e revelou ter tido conhecimento de que “ao chegar ao porão do avião uma das caixas estava vazia e fechada”. Tal informação levou-o até Lisboa, onde está no aeroporto desde esta segunda-feira, 5 de Agosto, à procura do animal. Segundo o relato do mesmo, foi preciso “muita insistência”, “muita pressão” e “telefonemas do PAN” para que a ANA - Aeroportos de Portugal autorizasse as buscas na zona reservada do aeroporto de Lisboa.

Para as buscas durante esta terça-feira, 6, a ANA permitiu que o dono da gata se fizesse acompanhar por uma equipa de voluntários, que terá até às 22h30 para encontrar o animal.

O gabinete de comunicação do grupo SATA (ao qual pertence a Azores Airlines) revelou ao P3 que a companhia área está “muito preocupada”. “O nosso papel [da SATA] é acompanhar o proprietário e mover todos os esforços para que o animal apareça”, lê-se no mesmo comunicado. Sobre as causas do desaparecimento de Ayhuasca, a companhia área açoriana diz “não ter dados” que permitam “tirar conclusões”, recordando que “o serviço é prestado por um handling gate” e que o “acondicionamento de toda a carga é da responsabilidade de quem a entrega”. “Doravante, talvez seja necessário selar ainda melhor as caixas”, admite.

Ana Zita Gomes, da comunicação da ANA, em declarações enviadas ao P3, “lamenta o desaparecimento da gata”, reiterando que “o aeroporto lisboeta tem prestado toda a colaboração à companhia aérea, nas diligências que têm sido tomadas”. Já foram dados “elementos de caracterização da gata aos trabalhadores que permitam fazer mais rapidamente a sua identificação”. A ANA termina desejando que “a gata seja encontrada em breve e entregue ao seu dono”.

Esta não é a primeira vez que um animal desaparece no aeroporto de Lisboa. Entre o final de 2017 e o início de 2018, um gato desapareceu durante um voo entre Lisboa e o Funchal, operado pela TAP, tendo o felino voltado a casa 19 dias depois, após ter sido encontrado perto zona do terminal de carga do aeroporto.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários