Museu Nacional Soares dos Reis encerra parcialmente a partir desta terça-feira

A primeira fase das obras de recuperação e manutenção deverá estar concluída num prazo de seis meses.

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Museu adquiriu o estatuto de nacional em 1932 Paulo Ricca/Arquivo

O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai encerrar parcialmente a partir de terça-feira para receber obras de recuperação e manutenção, anunciou esta segunda-feira a instituição.

“As obras vão ser efectuadas em duas fases. Nesta primeira intervenção ficará encerrada a galeria Soares dos Reis e parte da galeria de pintura (1.º andar). O restante museu continuará aberto ao público e o valor do bilhete normal será reduzido para três euros durante este período”, acrescenta o museu, em comunicado.

A programação do ciclo Quintas à noite no museu não será afectada, mantendo-se a sessão de cinema agendada para esta quinta-feira, às 22h, antecedida das visitas guiadas das 18h e das 21h. Apenas as visitas guiadas do feriado de dia 15 não se realizarão.

Em Junho, a directora do museu, Maria João Vasconcelos, tinha já antecipado, em declarações à Lusa, o encerramento parcial do Soares dos Reis, prevendo um prazo de seis meses para a realização destas obras de recuperação e manutenção das condições para a exposição permanente. A verba para esta intervenção, da ordem de “um milhão de euros”, é fruto de candidaturas a fundos europeus.

Primeiro museu público de arte do país, o Museu Nacional de Soares dos Reis foi fundado como Museu Portuense de Pinturas e Estampas, em 1833, com o objectivo de “recolher os bens confiscados aos conventos abandonados do Porto e aos extintos de fora do Porto (mosteiros de S. Martinho de Tibães e de Santa Cruz de Coimbra)”, como explica a página da instituição.

O museu adquiriu o estatuto de nacional em 1932, e mudou-se para o Palácio dos Carrancas oito anos depois, onde permanece desde então.

“No âmbito das Artes Plásticas salientam-se os núcleos de pintura e escultura do século XIX e primeira metade do XX. Nas Artes Decorativas distingue-se a cerâmica, com uma mostra de faiança nacional e porcelana oriental, e ainda peças de ourivesaria, joalharia, vidros e mobiliário dos séculos XVI a XIX”, pode ler-se na página da Direcção-Geral do Património Cultural, que tutela o museu.

A colecção de pintura é constituída por 2.500 objectos com datas do século XVI ao XX, destacando-se obras de Silva Porto, Marques de Oliveira, Henrique Pousão, Aurélia de Sousa e António Carneiro, entre outros.

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