Uma mão-cheia de golos e uma mão-cheia de problemas

Benfica arrasa Sporting na Supertaça, com triunfo por 5-0, no Algarve. Primeira parte foi equilibrada, a segunda foi de sentido único.

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A vida continua sem João Félix. O Benfica agradece o seu serviço (e os milhões), mas seguiu em frente. E neste domingo mostrou que está com igual força para a nova temporada, sem perder a vocação goleadora, triunfando de forma clara e inequívoca sobre o Sporting, por 5-0, na Supertaça. Depois de uma primeira parte equilibrada, os “encarnados” avançaram para a goleada, deixando a descoberto os muitos problemas que os “leões” têm para resolver antes de se apresentarem como candidatos credíveis a ganhar alguma coisa. E se com Bruno Fernandes foi assim, imagine-se quando o Sporting perder o seu capitão. Pela amostra, não está preparado para o golpe.

Para a entrada oficial na época, Bruno Lage fez exactamente o que se esperava, não fugindo um milímetro ao plano que mais ensaiou durante a pré-época. Juntou De Tomás a Seferovic no ataque e lançou a única alternativa que tinha para o lado direito da defesa, o jovem esquerdino Nuno Tavares. Mais surpresas guardava Marcel Keizer para o jogo, uma linha de cinco defesas que dava flexibilidade posicional a Acuña no flanco esquerdo, quer como lateral, quer como extremo. Bruno Fernandes voltava à posição habitual e Vietto ficava no banco.

Antes de qualquer uma das equipas assentar no jogo, foi o Sporting a criar perigo. Bruno Fernandes arranca pelo flanco esquerdo, chega até à área, o passe para Bas Dost não lhe sai bem, mas Ferro quase corrige a falha do adversário com um corte na direcção da  baliza que só não foi autogolo porque Vlachodimos deu início à sua noite de grande inspiração. Depois, foi o Benfica a assumir a pressão alta, a dificultar a saída “leonina” para o ataque e a ganhar bolas atrás de bolas. Num contra-ataque, Seferovic esteve quase a marcar.

Com o passar dos minutos, o Sporting conseguiu libertar-se das amarras e criou um par de boas ocasiões. Por duas vezes Bruno Fernandes teve o golo nos pés, aos 28’ e aos 38’, mas em ambas as situações Vlachodimos defendeu, como que a responder às notícias de que o Benfica anda à procura de um guarda-redes: não é preciso. Às oportunidades falhadas dos “leões”, o Benfica respondeu com uma bola dentro da baliza. Aos 40’, Pizzi fez o cruzamento perfeito e Rafa, ao segundo poste, desferiu um remate cruzado sem hipótese para Renan, que ficou a meio caminho.

Havia desequilíbrio no resultado, mas as forças pareciam equilibradas, bem longe do que tinha acontecido no primeiro embate entre Lage e Keizer em Fevereiro passado, em que os “encarnados” arrasaram em Alvalade (2-4). O Sporting parecia com vontade e teria toda uma segunda parte para recuperar, mas tudo o que conseguiu foi ser vítima das suas próprias debilidades — e, claro, das forças do Benfica. Não demorou muito até isso acontecer e os “leões” quebraram por um elo que seria dos mais fortes.

Pouco antes da hora de jogo, Mathieu perdeu uma bola que parecia controlada e deixou-se antecipar por Rafa, que rapidamente fez o passe para a concretização fácil de Pizzi. Se tivesse essa possibilidade, por certo que seria esta a altura de Keizer pedir um desconto de tempo, porque este foi o momento em que o Benfica cresceu até ficar gigante e o Sporting passou a ser um mero espectador da sua própria destruição. 

Grimaldo fez o 3-0 num excelente livre directo aos 64’ e, aos 76’, voltou a funcionar a parceria Rafa-Pizzi, com o primeiro a somar mais uma assistência e o segundo a bisar no jogo. Chiquinho ainda entrou para fazer o 5-0 em cima dos 90’, já depois da expulsão de Doumbia. Foi uma mão-cheia de golos a provar que o Benfica já nem se lembra de João Félix e a demonstrar que o Sporting tem mais do que uma mão-cheia de problemas para resolver. Depois de sair Bruno Fernandes, terá mais um.

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