A torre do tombo de Salazar

No ano do Maio de 68 e da invasão soviética da Checoslováquia, Portugal foi notícia por dois motivos díspares. A dupla convocatória, em Setembro, de festas, em Colares e Alcoitão, do jet set aristocrata e milionário internacional. E pela queda de uma cadeira de lona do ditador.

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Rui Gaudêncio

Quando às 20 horas de 5 de Setembro de 1968 o Cadillac preto da Presidência do Conselho de Ministros saiu do Forte de Santo António da Barra, no Estoril, iniciava-se o fim do Estado Novo. No interior do potente automóvel blindado que se dirigiu para Lisboa iam à frente o motorista e Silva Pais, director da PIDE, a polícia política da ditadura. António de Oliveira Salazar, o seu médico pessoal, o cardiologista Eduardo Coelho, e o neurocirurgião Vasconcelos Marques eram os passageiros do banco traseiro. Noutro veículo, seguiam a governanta Maria de Jesus e o subsecretário de Estado Paulo Rodrigues. O forte, então popularmente conhecido como Forte de Salazar, seria rebaptizado mais tarde pela oposição como a “torre do tombo de Salazar”.

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