Justiça à procura de mais de mil outras obras de arte da colecção de Joe Berardo

Processo visa identificar, inventariar e proteger cerca de 1200 obras, além das 862 que estão abrangidas pelo acordo estabelecido em 2006 entre o empresário e o Estado.

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Joe Berardo na audição na Assembleia da República, em Maio último ANTÓNIO COTRIM/ LUSA

Além das 862 obras de pintura, escultura, instalação e fotografia que constituem a Colecção Berardo depositada e em exposição no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a Justiça quer colocar sob protecção do Estado mais cerca de 1200 outras peças propriedade do coleccionador e empresário, que se encontram nos seus escritórios e empresas.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo Jornal Económico, que cita uma fonte próxima do processo: “A Justiça já desencadeou diligências para localizar o seu paradeiro e garantir que permanecem em território nacional através do arresto decretado pelo tribunal judicial da comarca de Lisboa no início desta semana”.

Ainda segundo este diário, estas obras não estão ainda localizadas, mas, para evitar o seu descaminho, o tribunal quer estender até elas o processo de inventariação iniciado na última quarta-feira no Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém, onde uma equipa de funcionários esteve a fazer o levantamento das obras na sequência do arresto judicial da colecção, solicitado pelos três bancos credores do empresário madeirense: a Caixa Geral de Depósitos, o BCP e o Novo Banco.

Já este sábado, o semanário Expresso avança também que, após o arresto das obras cobertas pelo acordo estabelecido entre Joe Berardo e o Estado, os bancos credores e o Governo irão tentar alterar a constituição do Conselho de Administração da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo, com o objectivo de afastar dele o empresário e coleccionador.

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