Bolsas em queda após novo capítulo da guerra comercial EUA-China

Lisboa perde mais de 1,5%, com a Galp e BCP a destacarem-se nas perdas. Trump anunciou que pretende aplicar novas taxas aos produtos chineses.

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Bolsa alemã entre as qie mais perde na manhã desta sexta-feira Reuters/STAFF

As bolsas europeias abriram esta sexta-feira em forte queda, em reacção ao anúncio surpresa de Donald Trump de que pretende impor novas taxas alfandegárias sobre a importação de produtos chineses, no montante de 300 mil milhões de dólares. As praças de Paris, Frankfurt estavam, às 11h, a negociar com desvalorizações superiores a 2,5%.

O principal índice da Bolsa de Lisboa seguia a perder mais de 1,5%, com duas das maiores empresas, a Galp e o BCP a caírem 4,2% e 3,4 %, respectivamente. O espanhol IBEX 35 registava uma queda da mesma ordem de grandeza.

Depois das fortes descidas de 7% na primeira reacção ao anúncio das novas taxas, a cotação do petróleo na Europa (brent) e nos Estados Unidos (crude) segue a negociar em alta ligeira.

O anúncio de Donald Trump, feito na rede social Twitter, provocou uma queda imediata nos mercados norte-americanos, esta quinta-feira, bem como uma forte queda no preço do petróleo, a reflectir a preocupação com o agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com reflexos na economia mundial.

Os principais índices norte-americanos, o Dow Jones e o Nasdaq Composite, encerraram ontem com recuos de 1,05% e 0,79%, respectivamente.

Na Ásia, o japonês Nikkei encerrou a perder 2,11, e o principal índice de Hong Kong desceu 2,46%.

A aplicação de novos direitos aduaneiros, a aplicar a partir de Setembro, acontece na semana em que EUA e China voltaram à mesa das negociações à procura de um acordo comercial entre os dois países, uma manobra negocial que promete agravar ainda mais as tensões nas relações comerciais internacionais.

Os EUA já estão a aplicar direitos alfandegários suplementares de 25% a importações chinesas de valor superior a 250 mil milhões de dólares. Em resposta, Pequim retorquiu impondo tarifas alfandegárias suplementares a importações oriundas dos EUA no valor de 110 mil milhões de dólares. Com Lusa

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