Subida, queda, troca de líder e outro W52-FC Porto de amarelo
O top-10 já tem alguns dos principais favoritos como Gustavo Veloso, Joni Brandão, Vicente de Mateos, Edgar Pinto, João Rodrigues, Alejandro Marque ou Óscar Sevilla.
Gustavo Veloso (W52-FC Porto) é o novo líder da Volta a Portugal. A segunda etapa foi ganha, nesta sexta-feira, pelo espanhol Mikel Aristi (Euskadi Murias), num final com uma subida que foi suficiente para fazer algumas diferenças.
Com este desfecho, Veloso - terceiro na etapa - subiu ao primeiro lugar da classificação geral, destronando o companheiro de equipa Samuel Caldeira.
A subida final acabou por permitir que a classificação começasse a ficar definida e o top-10 já tem alguns dos principais favoritos como Gustavo Veloso, Joni Brandão, Vicente de Mateos, Edgar Pinto, João Rodrigues, Alejandro Marque ou Óscar Sevilla.
Camisola amarela trabalhou no pelotão
Esta foi uma etapa na qual a W52-FC Porto “pediu” para perder a liderança da classificação geral. Pelo menos, a liderança de Caldeira, já que a equipa portista colocou, desde cedo, o líder a trabalhar na cabeça do pelotão.
Numa imagem rara, o líder da prova desgastou-se em prol da equipa durante vários quilómetros, atestando a ideia de que a equipa portista estava pronta para abdicar da liderança ou, pelo menos, de a mudar de “dono”.
Os 198 quilómetros da etapa mais longa desta Volta, entre a Marinha Grande e Loures, começaram com as ausências dos azarados Alexander Cataford (Israel Cycling Academy) e Eddie Van Heerden (Protouch), vítimas de quedas.
Os primeiros quilómetros da tirada foram de pouca actividade, com uma fuga de quatro elementos – Hector Baez (Euskaki), Diego López (Euskadi Murias), Dario António (Sicasal Petro de Luanda) e Leangel Liñrez (Miranda-Mortágua) – a ser controlada, de perto, pelo pelotão.
A W52-FC Porto manteve a fuga a cerca de dois minutos, podendo “caçá-la” quando quisesse. E quis a cerca de 50 quilómetros do final, quando houve uma troca na fuga: o quarteto inicial de fugitivos foi neutralizado e um outro grupo, de seis ciclistas, tentou destacar-se.
Foram seis, depois cinco, depois quatro, depois um e, finalmente, nenhum. O último fugitivo resistente foi apanhado pelo pelotão já dentro de Loures, a nove quilómetros da meta, e foi lançada a loucura final.
Houve uma queda – pouco habitual em chegadas em alto – que impediu vários ciclistas de lutarem pela vitória e Luís Mendonça (Boavista) atacou na última subida, antes de ser ultrapassado pelo espanhol Aristi, de 26 anos.
No final, sorriram Aristi, pela vitória, Veloso, pela amarela, e Caldeira, pelo sentimento de sonho cumprido. E novo líder deixou elogios ao anterior.
“Sabíamos que, para o Samuel, seria complicado manter a camisola amarela. Mas, durante a etapa, ele esteve a puxar na frente e é um exemplo para todos os miúdos que estão a começar no ciclismo: ter a amarela não significa que não se possa trabalhar pela equipa. Da nossa parte, a melhor forma de agradecer ao Samuel é termos conseguido manter a camisola dentro da equipa”, disse, à RTP, após a etapa.
Sobre a liderança indefinida na equipa W52-FC Porto, Gustavo Veloso não se comprometeu: “O importante é chegarmos ao Porto com a camisola amarela na nossa equipa. Não me interessa se estará no meu corpo ou de um colega”.
Neste sábado, a Volta a Portugal terá uma etapa de 181 quilómetros entre Santarém e Castelo Branco.