Chivukuvuku faz soar novo apito político em Angola

Afastado da liderança da CASA-CE, o antigo assessor político de Jonas Savimbi apresenta esta sexta-feira o seu novo partido político que vai disputar as autárquicas de 2020.

Foto
Abel Chivukuvuku como candidato à presidência de Angola em 2012 pela CASA-CE Siphiwe Sibeko/REUTERS

Recuperado da malária que o obrigou a procurar ajuda médica na África do Sul e atrasou por alguns meses as suas ambições políticas, Abel Chivukuvuku regressa para animar o cenário partidário de Angola com uma nova formação política e a vontade de disputar as eleições autárquicas de 2020 e as gerais de 2022.

Destituído em Fevereiro da liderança da CASA-CE, a terceira força partidária angolana, o antigo assessor político de Jonas Savimbi e líder da bancada parlamentar da UNITA, que tentou chegar à liderança do partido em 2007 e falhou, apresenta esta sexta-feira, em Luanda, a sua nova sigla partidária.

A formação política, cuja assembleia constituinte será realizada esta sexta-feira, com os documentos fundadores entregues logo a seguir no Tribunal Constitucional, surge no final de um processo de auscultação das populações em várias províncias do país, movimento social a que chamou de Por Angola Pronto para o Soar do Apito.

Fotogaleria

O nome do partido vai ser definido esta sexta-feira na assembleia constituinte, entre as hipóteses PRA-JA e PAIS-JA. À votação estará também a bandeira, havendo igualmente duas possibilidades à escolha, com as mesmas cores, azul, branco e laranja, engalanadas por 18 estrelas representando as províncias de Angola.

Recentemente, em declarações à Voz da América, Chivukuvuku falava de perseguição política e mostrava receios de que o seu novo partido possa vir a ser travado pelo Tribunal Constitucional: “Tenho noção de que vai ser duro neste momento, o Tribunal Constitucional e todos os marimbondos [vespas] que lá se encontram devem estar a engendrar já como me travar, mas, desta vez, os angolanos estão prontos para defender o projecto e tenho fé que não vão-me impedir”.

Sugerir correcção
Comentar