Ministro da Defesa visita força portuguesa no Iraque

O contingente nacional na operação “Resolução Inerente”, da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, integra 30 efetivos, incluindo três mulheres, provenientes de várias Unidades da Brigada de Intervenção.

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Gomes Cravinho está de visita às tropas no Iraque LUSA/Jose Sena Goulao

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, chegou esta quarta-feira ao Iraque para uma visita à força portuguesa destacada no país, que participa no treino e formação das forças iraquianas no quadro da operação internacional “Resolução Inerente”.

Esta é a primeira deslocação deste ministro da Defesa ao Iraque, prevendo-se que participe num almoço com militares portugueses destacados na base militar “Grã Capitan”, no campo de treino de Besmayah, a cerca de 50 quilómetros da capital iraquiana, Bagdad.

O 9.º contingente nacional na operação “Resolução Inerente”, da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), integra 30 efetivos, incluindo três mulheres, provenientes de várias Unidades da Brigada de Intervenção e tem como comandante o major André Barros.

A coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que foi criada em 2014 e conta com cerca de 80 membros, tem como parte da sua missão a capacitação das forças iraquianas, o que tem feito através do treino, equipamento e aconselhamento das mesmas.

O governo do Iraque anunciou a 9 de Dezembro de 2017 “o fim da guerra” de três anos para derrotar o grupo “jihadista” Estado Islâmico, que chegou a dominar um terço do país e colocou em causa a existência do próprio Estado iraquiano.

Os “jihadistas” do EI, que lançaram uma ofensiva na Síria e no Iraque no verão de 2014, foram derrotados com a ajuda da coligação militar internacional.

A tensão na zona do Médio Oriente tem vindo a aumentar no último ano, após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear entre as principais potências e o Irão.

O Iraque, que já se ofereceu para mediador entre Teerão e Washington, poderá ser afectado se a crise entre estes seus dois aliados se intensificar e será grandemente prejudicado se o conflito limitar o transporte marítimo no Golfo, por onde passa a quase totalidade das suas exportações petrolíferas.

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