Indústria farmacêutica pede ao Governo que inclua medicamentos nos serviços mínimos

A Apifarma pede ao Governo que contemple a distribuição de medicamentos nos hospitais e farmácias, bem como a assistência técnica a equipamentos de análises clínicas, na lista de serviços mínimos para fornecimento de combustíveis durante a greve de 12 de Agosto.

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Ines Fernandes

Como medida preventiva face à anunciada greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas, a Apifarma lembrou ao Governo para não se esquecer de garantir a existência de serviços mínimos para assegurar a distribuição de medicamentos nos hospitais e farmácias, assim como a assistência técnica a equipamentos de análises clínicas.

Num comunicado enviado às redacções, a Apifarma dá conta de que enviou ao Ministério da Saúde, ao Ministério da Administração Interna e ao Ministério das Infra-estruturas e da Habitação um requerimento a solicitar que, no despacho que venha a ser criado para fixar os serviços mínimos, esteja contemplado o abastecimento de combustíveis “às empresas responsáveis pela distribuição de medicamentos às farmácias e instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e às empresas que dispensam dispositivos para diagnóstico in vitro, nomeadamente aos técnicos que prestam assistência técnica a equipamentos instalados nos laboratórios de análises clínicas dos hospitais e instituições do SNS”.

A Apifarma argumenta que esta medida é premente, “sob pena de ser criada uma grave situação de saúde pública, durante o anunciado período de greve dos motoristas de camiões de combustíveis”, motivada pela falta de medicamentos nos hospitais e farmácias e pelo risco de comprometer a deslocação de técnicos que garantem a assistência a equipamentos de análises clínicas, em caso de avaria.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMPP), e ao qual o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) já manifestou adesão, está agendada para dia 12 de Agosto. O Governo ainda não fixou os serviços mínimos, tendo já recebido quer a proposta dos patrões (a Antram sugeriu serviços mínimos de 70%), quer dos sindicatos de motoristas (que apontam para os 25% a nível nacional). Na última greve, em Abril, o Governo fixou serviços mínimos de 40%, mas apenas nas áreas de Lisboa e Porto.

A greve está anunciada para 12 de Agosto. O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas propõe serviços mínimos de 25%. A Antram, associação das empresas de transporte de mercadorias, sugeriu serviços mínimos de 70%. O Governo ainda não decretou o nível de serviços que os trabalhadores em greve terão de assegurar.

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