Angel Olsen tem novo álbum e vem mostrá-lo a Portugal em Janeiro

O seu disco mais introspectivo e orquestral, All Mirrors, será lançado em Outubro. Em Janeiro virá a Lisboa e Porto apresentá-lo. Já é conhecido o primeiro single e vídeo.

Foto

O novo álbum da cantora-compositora americana Angel Olsen chama-se All Mirrors e será editado a 4 de Outubro, ficou a saber-se esta terça-feira, dia em que também é revelado o primeiro single (o tema-título) e respectivo vídeoclipe. Uns meses mais tarde, em Janeiro de 2020, apresentar-se-á em Portugal. Os concertos terão lugar a 23 de Janeiro, no Capitólio, em Lisboa, numa produção da ZDB, e um dia depois no Hard Club, no Porto, por iniciativa da Lovers & Lollypops. Em destaque estará aquele que é provavelmente o seu registo mais sombrio, confessional e vulnerável.

Foto
Foto da capa do novo álbum da cantora

É verdade que todas essas características já povoavam muitas das canções de álbuns como Burn Your Fire No Witness (2014), No Woman (2016) ou até a colecção Phases (2017), mas a vocação acentua-se sobremaneira no novo registo: a sua expressividade vocal é a de sempre, mas agora apresenta-se povoada por climas mais negros e orquestrais, com Angel Olsen a descer até “às profundezas de si própria" - palavras dela - para sair de lá com um punhado de canções tão introspectivas quando majestosas que, apesar de tudo, disseminam confiança no futuro.

Em conversa recente com ela, em Londres, dizia-nos que foi provavelmente o seu disco mais árduo de conceber, mercê do difícil contexto emocional que o envolveu, marcado por inúmeras interrogações sobre as dificuldades relacionais e pela solidão, mas também o mais recompensador no final de todo o processo.

Com uma ligação especial a Portugal – esteve em residência artística na ZDB, em 2016, por exemplo, e nutre admiração pela música de José Afonso ou Amália –, a cantora regressou recentemente ao país, em férias, já depois de em Maio aqui ter tocado por três vezes. O novo álbum tem 11 canções sobre as quais teve total controlo criativo, embora tenha colaborado com nomes reconhecíveis, como o produtor John Congleton, o orquestrador Jherek Bischoff ou o músico e orquestrador Ben Babbitt.

Inicialmente, Angel Olsen chegou a imaginar que o disco pudesse ser totalmente solitário, com ela à guitarra e pouco mais, mas depois, aos poucos, foi pensando numa versão mais ambiciosa, com colaborações e novos arranjos, que acabaram por prevalecer num disco que a revela, outra vez, em transformação. Uma mutação tão pessoal quanto artística.

Sugerir correcção
Comentar