Mobile Film Festival: 1ª edição chega ao fim

Distinguidos os cinco vencedores do Mobile Film Festival, a primeira edição portuguesa termina com a promessa de regressar no próximo ano para contar mais histórias num minuto. 

Um telemóvel, 60 segundos e mais de 70 participantes. Assim termina o Mobile Film Festival que, 3321 minutos de histórias depois, anunciou os grandes vencedores da primeira edição em Portugal. A curta “Leando” foi distinguida com o Grande Prémio - BNP Paribas, no valor de cinco mil euros, mas foi a motivação dos vencedores André e Jan Wiborg que ficou a ganhar. “O Mobile Film Festival deu-me uma confiança muito grande para continuar a fazer mais e, eventualmente, aprender um bocadinho mais sobre realização”, explica André Wiborg. “No futuro vamos continuar a fazer filmes, mas talvez com mais qualidade. Há muito tempo que temos projectos mas sempre tivemos limitações materiais”, afirma. Agora contam com cinco mil euros para aplicar numa curta-metragem, que garantem - não será uma re-adaptação da história de “Leando”. “Pensámos nisso mas acabámos por decidir fazer um filme diferente. Uma adaptação mas de outro tema”, adianta Jan Wiborg.

O prémio de Melhor Argumento foi entregue a Rui Teles (em colaboração com Rita Balinha) pela curta “(Des)amor”. Segundo o estudante; "É um prémio que reflecte que a mensagem foi bem transmitida”. O feedback? “Tem sido bastante positivo e penso que irei continuar a realizar curtas ou até mesmo trabalhos de vídeo (não necessariamente ligados ao cinema) mas também ligados à imagem. Portanto, tenho outras ideias em mente para pôr em prática”, conta-nos.
 
Natália Nodari concorda. “Fui abordada na rua por estrangeiros que me disseram que se tinham identificado com a mensagem que tentei transmitir”, refere a vencedora do Prémio do Público, com a curta “Passaporte.
“Os meus planos para o futuro? Acredito que passam por continuar a escrever curtas-metragens. Foi a minha primeira experiência a filmar e a actuar mas pretendo continuar na escrita”, conta-nos.

A prova de que iniciativas como o Mobile Film Festival são mais do que bem-vindas. “Às vezes as pessoas deixam de fazer curtas-metragens ou outro tipo de projectos por causa de não terem equipamento e eu acho que isto vem demonstrar que, com qualquer coisa, é possível fazer uma história”, justifica João Simões Ribeiro, vencedor do prémio Melhor Realizador com a curta “Ele Quis”. 

No próximo ano, o Mobile Film Festival deseja voltar a Portugal para uma segunda edição, receber novas curtas e marcar o panorama cinematográfico nacional.