Há dez meses que João Sousa não chegava tão longe no ATP Tour, mas a segunda vitória sobre um top-20 da época colocou o tenista português nas meias-finais do Swiss Open Gstaad. Sousa não vencia Roberto Bautista Agut desde a final de Valencia, no fim de 2015, quando conquistou o seu segundo título no ATP Tour, tendo perdido os três duelos seguintes. Mas a maior determinação do vimaranense veio ao de cima no set decisivo, onde recuperou de 1-3.

Actual 13.º do ranking, Bautista Agut, estava a tentar integrar o top-10 pela primeira vez na carreira. O espanhol que ocupa o sétimo lugar na Corrida para Londres – ranking que contabiliza resultados de 2019 – conquistou o título no Qatar e chegou à Suíça após atingir as meias-finais no Torneio de Wimbledon e esse bom momento de confiança foi visível durante o set inicial.

Mas o vice-campeão de Gstaad quebrou exibicionalmente no segundo set, com duas duplas-faltas que contribuíram para o break de Sousa no quinto jogo. E seria a terceira dupla-falta do espanhol que, a 3-5, ofereceria um set-point ao vimaranense que não desaproveitou.

Bautista Agut começou da melhor forma o set decisivo quebrando o serviço adversário, mas Sousa recuperou a desvantagem para 3-3

A 5-6, o espanhol, que não tinha margem para erro, errou e Sousa, muito mais determinado, fechou o encontro na primeira oportunidade, com os parciais de 4-6, 6-3 e 7-5.

“Consegui exibir-me a um grande nível, já bastante mais habituado às condições aqui. Um primeiro set, não injusto, mas onde me senti a jogar bem (apenas um jogo de serviço meu menos bom), mas depois, mentalmente, consegui sempre estar muito focado e essa crença e esse bom nível deram os seus frutos, tanto no segundo como no terceiro sets”, resumiu Sousa, que só horas antes saberá o nome do adversário nas meias-finais, já que a chuva adiou o último quarto-de-final, entre o italiano Thomas Fabbiano (90.º) e o alemão Cedrik-Marcel Steeb (455.º). Na outra meia-final, haverá um duelo espanhol entre Pablo Andujar (79.º) e Albert Ramos Vinolas (85.º).

No Challenger Tour, Portugal tem dois representantes em meias-finais. Em Tampere, Pedro Sousa (113.º) ultrapassou o argentino Federico Coria (172.º), por 6-4, 6-2, em 71 minutos. Na sua segunda meia-final do ano, após conquistar o título em Blois, no mês passado, o número dois português vai defrontar o holandês Tallon Griekspoor (191.º).

Em Praga, Frederico Silva (298.º) ultrapassou o eslovaco Lukas Klein (469.º), por 3-6, 6-1 e 6-0, para igualar o melhor resultado neste circuito, obtido em Janeiro de 2016. Para estrear-se numa final do Challenger Tour, Silva terá de vencer Chun Hsin Tseng (428.º ATP), tenista nascido em Taiwan e actual campeão do mundo de juniores, depois de, no ano passado, ter ganho os torneios do escalão em Roland Garros e Wimbledon.