Protectores solares utilizados em Portugal são seguros

Um estudo do Infarmed revelou que todos o protectores solares avaliados cumprem os requisitos de qualidade e segurança.

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O laboratório do Infarmed analisou 35 protectores solares com factores de protecção solar entre 30 e 50+ RUI Gaudêncio

Todos os protectores solares avaliados este ano pela Autoridade Nacional de Medicamento apresentam um factor de protecção correspondente ao declarado na embalagem, cumprindo os requisitos de qualidade e segurança.

O laboratório do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), através de 245 ensaios, analisou 35 protectores solares com factores de protecção solar entre 30 e 50+, que foram colhidos entre Maio e Junho de 2019 em diversos pontos da cadeia de distribuição, nomeadamente, distribuidores e locais de venda ao público como farmácias e supermercados.

A análise laboratorial destes produtos cosméticos incidiu nas vertentes química e microbiológica, designadamente, determinação do Factor de Protecção Solar in vitro e avaliação da qualidade microbiológica.

A conformidade dos produtos foi avaliada em função dos limites estabelecidos para crianças, uma vez que, embora alguns produtos não mencionem que se destinam a crianças, poderão, eventualmente, ser utilizados também em crianças.

Do ponto de vista laboratorial, os 35 produtos analisados apresentaram “um factor de protecção solar correspondente à categoria declarada no rótulo”, revela o estudo do Infarmed, a que a agência Lusa teve acesso.

Relativamente à qualidade microbiológica, “todos os produtos analisados cumpriram os limites estabelecidos no referencial normativo aplicável para os parâmetros avaliados”, adianta o Infarmed, a entidade responsável em Portugal pela supervisão dos produtos cosméticos.

Assim, o estudo conclui que, “do ponto de vista da qualidade e segurança, os 35 protectores solares encontram-se em conformidade, considerando a legislação em vigor e os métodos implementados”.

A maioria dos produtos analisados era proveniente da União Europeia (91,4%), sendo os restantes dos Estados Unidos e Brasil (8,6%), sendo as formas de apresentação analisadas variadas: spray (nove), creme (oito), loção (oito), leite (seis), gel (três) emulsão (um).

O Infarmed adianta que seis protectores (17,1%) não incluem na sua rotulagem a tradução para língua portuguesa conforme é recomendado, mas salienta que “não foi verificada nenhuma não conformidade crítica que pudesse conduzir à necessidade de adopção de medidas correctivas ou restritivas, nomeadamente a recolha de produtos do mercado”.

“Genericamente, considera-se que as pessoas responsáveis dos produtos cosméticos de protecção solar analisados estão informadas quanto às suas obrigações legais, e são conscientes do papel importante que desempenham na prevenção de problemas associados à exposição excessiva ao sol”, lê-se no relatório.

Esta acção de supervisão do mercado de protectores solares do Infarmed foi planeada e realizada à semelhança do que já aconteceu em anos anteriores, tendo em consideração “a importância dos protectores solares em termos de saúde pública e a sua utilização por um elevado número de consumidores em Portugal, de todas as faixas etárias”.

A Autoridade Nacional do Medicamentou adverte que, “mesmo utilizando protectores solares seguros e de qualidade, devem ser conhecidas e respeitadas as precauções a ter com a protecção solar”.

Nesse sentido, lembra as precauções a ter para prevenir queimaduras solares e o cancro da pele, como usar sempre um protector solar com um factor de protecção adaptado ao tipo de pele, aplicá-lo 20 a 30 minutos antes da exposição solar, que deve ser evitada entre as 12h00 e as 16h00. Lembra ainda que os dias nublados também exigem o uso de filtro solar, pois nestes dias 40 a 60% da radiação solar atravessam as nuvens e chegam à superfície da Terra.

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