De Rossi, o “gladiador” que chega a Argentina para ser campeão

Médio italiano terá recusado propostas milionárias da Ásia e Estados Unidos para jogar pelo Boca Juniors, clube que corresponde às paixões futebolísticas do jogador.

Daniele de Rossi ainda com as cores da Roma
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Daniele de Rossi ainda com as cores da Roma AS ROMA/TWITTER
A dedicatória dos adeptos da Roma a De Rossi
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A dedicatória dos adeptos da Roma a De Rossi EPA/RICCARDO ANTIMIANI
De Rossi em Buenos Aires, Argentina
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De Rossi em Buenos Aires, Argentina EPA/TELENEWS
De Rossi em Buenos Aires, Argentina
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De Rossi em Buenos Aires, Argentina EPA/TELENEWS
De Rossi em Buenos Aires, Argentina
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De Rossi em Buenos Aires, Argentina EPA/Brigo Carlos

Não se fala de outra coisa em Buenos Aires. Aos 36 anos, Daniele de Rossi deixou a Roma no final da última temporada e já está em solo argentino para ser jogador do Boca Juniors. Cada passo dado pelo médio italiano está a ser atentamente seguido pela imprensa e por milhares de adeptos. Feitos os habituais exames médicos, o futebolista vai assinar um contrato válido para as próximas duas temporadas.

A ansiedade dos adeptos “xeneizes” alastrou pelas ruas quando o clube anunciou que De Rossi já estava na Argentina após uma vitória por 1-0, no terreno dos brasileiros do Athlético Paranaense, a contar para a primeira mão dos oitavos-de-final da Taça Libertadores.

Na chegada ao aeroporto de Ezeiza na manhã desta quinta-feira, De Rossi foi recebido em euforia pelos adeptos do Boca Juniors que o apelidavam, entre cânticos, de “famoso tano [expressão latina para se referir a emigrantes italianos] que veio para o Boca ser campeão”.

O jogador nunca foi campeão italiano pela Roma e fez questão de ir para o Boca que, depois ter sido campeão em 2017 e 2018, pretende igualar os 14 campeonatos do eterno rival River Plate. Em 2019 foi o Racing a chegar ao topo.

De Rossi, por muitos apelidado como o “gladiador”, leva na bagagem para a Argentina alguns títulos conquistados em Itália: duas Taças, duas Supertaças e o Campeonato do Mundo de 2006. “Olhando para trás, mudava alguns momentos, mas seria sempre leal a esta equipa. Se tivesse uma varinha mágica, teria conquistado mais troféus”, disse o jogador quando se despediu da Roma, em Maio.

“Juras de amor” e paixão intensa

Ao longo de uma carreira com mais de 600 jogos pela Roma e 117 internacionalizações por Itália, o médio defensivo destaca-se pelas suas qualidades defensivas, visão de jogo e remates de longa distância. O Diario Olé relembra que De Rossi tem tatuado na sua perna direita um sinal de trânsito para alertar que do próprio jogador pode surgir uma “entrada perigosa”.

A agressividade de De Rossi promete elevar a agressividade típica do futebol argentino dentro de campo, mas também fora dele. Apesar de ser um apaixonado pelo clube em que jogou toda a carreira – “Eu e a Roma escolhemo-nos um ao outro” o italiano já chegou a admitir que detesta ver atletas mais novos a fazer vídeos para as redes sociais antes de uma partida. “Gostaria de lhes partir os dentes com um taco de basebol”, declarou.

A Roma tem estado em mudanças durante este Verão, depois de nos últimos dois anos também se ter despedido de outro jogador marcante. O avançado Francesco Totti deixou os relvados em Maio de 2017 e teve uma saída conturbada do cargo de director desportivo dos romanos em Junho deste ano, devido a conflitos com a direcção.

Na Argentina, o campeonato arranca no sábado, mas o Boca entra em campo só na segunda-feira, na Bombonera, frente ao Hurácan. De Rossi poderá alinhar nessa partida da Liga e só pode ser inscrito na Taça Libertadores caso o clube alcance os quartos-de-final. A apresentação do italiano, que se junta ao ex-Benfica Salvio no lote de reforços, será nos próximos dias.

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