Museu Ingres Bourdelle, em França, vai reabrir em Dezembro

O pintor e o escultor nascidos na cidade de Montauban estão no centro da colecção do museu que nos últimos três anos foi objecto de obras de restauro e modernização.

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Museu Ingres Bourdelle ainda em obras Atelier Bach Nguyen

O pintor Jean-Auguste Dominique Ingres (1780 -1867) e o escultor Émile Antoine Bourdelle (1861-1929) têm em comum serem filhos de Montauban, no Sudoeste de França. São também dois nomes de referência, nas suas disciplinas, da arte francesa e europeia. As suas colecções e espólios estão guardados num museu que desde há muito tempo é um ex-líbris desta cidade e que nos últimos três anos esteve fechado para obras de reabilitação e modernização. Vai reabrir no próximo dia 14 de Dezembro, com mais espaço, novas valências e nova imagem gráfica, agora com a designação Museu Ingres Bourdelle (MIB), quando anteriormente era apenas identificado como Museu Ingres — de resto, possuindo a segunda maior colecção de arte deste artista, logo a seguir à do Louvre.

O aumento dos espaços expositivos, que agora chegarão aos 2700 metros quadrados, e a modernização das condições de acesso e circulação num edifício que remonta ao século XVII e foi anteriormente paço episcopal constituíram o fulcro da renovação do museu, empresa que foi confiada ao atelier parisiense Bach Nguyen.

No futuro, o MIB vai continuar a ser, primeiro que tudo, o espaço privilegiado para se visitar e conhecer a pintura de Ingres, um discípulo de David e um artista da transição do neoclassicismo para a romantismo, e que conheceu grande sucesso na sociedade francesa do seu tempo. O museu de Montauban possui 44 pinturas e cerca de 4500 desenhos deste mestre, além do seu violino — que estaria na origem do famoso retrato de Man Ray O Violino de Ingres (1924), inspirado na sua tela A Banhista de Valpinçon — e do restante espólio pessoal e documental.

Já de Bourdelle, que foi aluno de Auguste Rodin, o museu detém uma colecção de obras — mármores, bronzes, gessos, maquetas e também obra gráfica — que documenta as várias fases da sua produção artística.

Além destes artistas filhos da terra, o MIB vai também continuar a mostrar a sua colecção de pintura antiga e da Idade Moderna, desde as escolas italianas dos séculos XIV a XVI até às escolas francesa e europeias dos séculos XVII e XVIII, e também ao século XX, nomeadamente com obras de Maria Helena Vieira da Silva.

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