PAN repete André Silva como cabeça de lista por Lisboa

O deputado e porta-voz do PAN assumiu que os “distritos de Lisboa, Porto e Setúbal são aqueles que podem garantir” o crescimento da representação parlamentar.

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André Silva volta a ser cabeça de lista do PAN em Lisboa Nuno Ferreira Santos

O deputado único do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, vai voltar a ser o cabeça de lista por Lisboa nas eleições legislativas de 6 de Outubro, anunciou o próprio esta quarta-feira.

Numa conferência de imprensa que decorreu na sede do partido, em Lisboa, André Silva elencou os cabeças-de-lista a todos os 22 círculos eleitorais, e salientou que o objectivo passa por “reforçar a representação parlamentar” do partido, para formar um grupo parlamentar na Assembleia da República. Para tal, o porta-voz do PAN assumiu que os “distritos de Lisboa, Porto e Setúbal são aqueles que podem garantir esse resultado”.

Como “número dois” em Lisboa, o PAN apresenta Inês Sousa Real, jurista, ex-provedora dos animais na capital e actual deputada à Assembleia Municipal de Lisboa. Pelo Porto, a cabeça-de-lista será Bebiana Cunha, psicóloga e eleita municipal daquele concelho.

A lista pelo círculo eleitoral de Setúbal será encabeçada por Cristina Rodrigues, advogada e membro da Comissão Política Nacional, nome envolto em polémica no final do ano passado devido a uma alegada ligação grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA). Na conferência de imprensa, André Silva destacou também que as listas do PAN são constituídas por “129 homens e 164 mulheres, entre os 20 e os 67 anos”.

Em Aveiro, o cabeça-de-lista será Filipe Cayolla, em Beja Inês Campos, em Bragança Paul Summers, em Castelo Branco Rebeca Lopes, em Coimbra Sandra do Carmo, em Évora Luís Teixeira, em Faro Paulo Baptista, na Guarda Liliana Santos, em Leiria Rui Prudêncio, em Portalegre Jorge Alcobia, em Santarém Pedro Machado, em Viana do Castelo Ricardo Arieira, em José Castro, em Vila Real José Castro e em Viseu Carolina Almeida.

Por Braga, o PAN candidata Rafael Pinto, de 23 anos, que é o mais novo cabeça-de-lista do partido. Pelas ilhas, Ana Mendonça será a primeira candidata pela Madeira e Pedro Neves pelos Açores, enquanto Gonçalo Galvão Gomes encabeça a lista pelo círculo da Europa e Catarina Ressurreição pelo círculo fora da Europa.

Disponível para diálogo

André Silva afirmou que o PAN está disponível para dialogar com o partido que vencer as eleições legislativas, com o objectivo de viabilizar um futuro Governo, “seja o Partido Socialista ou seja outro”, mas não quer ser “um mero apontamento”.

“O que posso dizer é que o PAN, independentemente do partido que vencer as eleições – e que estará, no fundo, mandatado para iniciar a constituição de um Governo – para o PAN, o cenário é exactamente igual, seja o Partido Socialista ou seja outro partido que vencer as eleições”, afirmou o deputado único, André Silva, que se recusa a situar o partido no espectro político.

Esta posição foi transmitida pelo também porta-voz do partido numa conferência de imprensa de apresentação dos candidatos às próximas eleições legislativas de 6 de Outubro, que decorreu na sede do partido, em Lisboa.

Apesar da ressalva de que “é precoce” projectar cenários “porque ainda não há resultados das eleições”, o dirigente manifestou “disponibilidade para o diálogo e para, no fundo, se proceder à elaboração de um caderno de encargos onde se tracem medidas” que o PAN considera fundamentais ou “a não concretização de propostas inscritas no programa eleitoral do partido vencedor”.

“Nós estamos disponíveis para fazer esse diálogo, seja com que partido for. Em função dos resultados, e em função do que possam ser negociações, poderemos, ou não, aceitar a viabilização de um Governo”, assinalou.

Apesar desta disponibilidade, André Silva salientou que “o PAN não será nunca um mero apontamento ou um penacho numa solução governativa em que sustenta um Governo” e apontou que “num cenário desses, independentemente de se fazer um apoio a um partido ou a uma coligação de vários partidos”, o partido que lidera “estará, à partida, mais disponível para fazer uma validação de uma solução governativa sem estar no Governo”.

“Nós queremos ter o nosso espaço de diálogo, de negociação, e ver concretizadas medidas importantes e fundamentais para avançar as nossas causas e os nossos valores”, notou.

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