Aprovada lei que garante fundo vitalício para socorristas e sobreviventes do 11 de Setembro

Senado contorna oposição de dois senadores republicanos. Falta Trump promulgar a lei.

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Reuters/DARRIN ZAMMIT LUPI/arquivo

O Senado norte-americano aprovou na terça-feira uma lei que garante verbas vitalícias para o fundo de compensação às vítimas do 11 de Setembro de 2001, que abrange socorristas e sobreviventes dos ataques que sofreram ferimentos ou desenvolveram doenças graves na sequência dos atentados em Nova Iorque e Washington. O documento vai ser enviado para promulgação ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

A votação final — 97 votos favoráveis e dois contra — teve lugar depois de os senadores democratas concordarem em votar as emendas propostas pelos dois senadores republicanos que estavam a bloquear a lei. O Senado derrotou facilmente as emendas propostas por Mike Lee, do Utah, e Rand Paul, do Kentucky.

A senadora democrata Kirsten Gillibrand, de Nova Iorque, sublinhou que os socorristas do 11 de Setembro e suas famílias “já tinham sofrido demasiado com os jogos políticos”.

A lei prolonga o prazo de vigência do fundo criado após os ataques terroristas de 2001 até 2092, tornando-o, na prática, permanente.

Quase três mil pessoas morreram em 11 de Setembro, nas torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e no Pentágono, nos arredores de Washington, num ataque com aviões desviados ordenado pelo líder da rede terrorista Al-Qaida, Osama bin Laden, morto dez anos depois, em Maio de 2011, num ataque no Paquistão ordenado pelo então Presidente norte-americano Barack Obama.

Grande parte dos que estiveram nos locais dos atentados, como bombeiros, polícias, equipas de emergência médica e civis, sofre de problemas respiratórios, digestivos e vários tipos de cancro, em particular do pulmão.

Na altura, as autoridades americanas estipularam um fundo de compensação de sete mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), um valor insuficiente perante o número de queixas que surgiram.

Uma comissão chefiada por Luis Alvarez, um antigo detective norte-americano que integrou as equipas de socorro e morreu de cancro no passado dia 29 de Junho, aos 53 anos, exigia uma garantia de apoio a estas vítimas durante os próximos 70 anos.

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