Marques Mendes: Centeno no FMI “é bastante provável” e Costa já tem plano B para Finanças

Marques Mendes diz houve “grandes desenvolvimentos” nos últimos dias e que Elisa Ferreira ou Ricardo Mourinho Félix poderiam substituir Centeno nas Finanças.

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daniel rocha

A ida de Mário Centeno para director-geral do FMI “é bastante provável” e António Costa já tem um plano B para Ministério das Finanças, defendeu este domingo o comentador político Luís Marques Mendes, na SIC, considerando que essa promoção seria “uma vitória pessoal” para Centeno e “prestigiante para Portugal” mas “uma dor de cabeça” para o primeiro-ministro.

Segundo Marques Mendes, houve “grandes desenvolvimentos” nos últimos dias e esse cenário tornou-se mais provável. “Pelo que apurei, é bastante provável mas ainda não é certo ainda”, disse, revelando que, em qualquer circunstância, Centeno integrará as listas de deputados do PS às eleições legislativas (o PÚBLICO já noticiou que será candidato por Lisboa). As eleições serão a 6 de Outubro e as listas terão que ser entregues em Agosto, portanto, antes de haver decisão sobre o sucessor de Christine Lagarde (que sai do FMI para o BCE), que será em Setembro.

Para o primeiro-ministro, prosseguiu, não será “a notícia mais fantástica do mundo” pois Centeno é “um grande trunfo eleitoral” e não poderá continuar ministro na segunda legislatura.

O comentador político garante que “as soluções não abundam no PS" mas que Costa já tem, neste momento, “um plano B na cabeça” para substituir Centeno no Governo, se for necessário. Mendes não sabe que nomes Costa tem na shortlist mas arrisca três: Elisa Ferreira ou Ricardo Mourinho Félix, já que Vieira da Silva disse esta semana ao Expresso que se iria retirar da vida política.

Se o actual ministro das Finanças for para o FMI, isso muda o equilíbrio de poderes também dentro da Comissão Europeia, defendeu Mendes, explicando que, a seu ver, Portugal verá alargado o seu leque de escolha de pasta na futura comissão de Ursula von der Leyen.

Na sexta-feira, António Costa, admitiu em entrevista à rádio Observador, a possibilidade de o ministro das Finanças, Mário Centeno, liderar o FMI. “É uma hipótese mas não é objectivo”, defendeu, acrescentando que “neste momento é prematuro estar a fazer juízos de probabilidade”. No sábado, no encerramento da convenção do PS admitiu que Mário Centeno possa vir a exercer funções de “grande dimensão internacional”, numa alusão ao FMI.

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