Dirty Coal Train: Esta banda é a vida deles

Amadores no sentido mais nobre do termo, banda de Viseu, banda do mundo, criam música sem cedências, são uma ode ao rock’n’roll como celebração e catarse. Primitive, o álbum mais recente, levou-nos até Ricardo Ramos e Beatriz Rodrigues.

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“O meu problema é ser compulsivo” diz ele, perante o sorriso cúmplice dela. “A maior dificuldade é mesmo conter-me”, continua. “Este ritmo de um disco por ano já sou eu a conter-me”, explica ele, Ricardo Ramos, à mesa de esplanada cheia de edições em vinil, em cassete, em CD (e um frasco de mel de produção caseira, responsabilidade dela, Beatriz Rodrigues). Entre os vinis na mesa está Portuguese Freak-Show, o álbum editado no ano passado, quase 40 canções gravadas em colaborações com músicos e artistas que admiram. Está também Primitive, o álbum que chegou este ano, cru e directo, registado no Brasil. Entre um e outro, houve tempo para porem cá fora uma cassete, registo a meias com Trash Colapso, one man band nascida na Argentina. Ricardo Ramos e Beatriz Rodrigues são os Dirty Coal Train. É muito provável que já se tenham deparado com eles num qualquer palco espalhado pelo país. São, adaptando dito célebre da música popular urbana, um dos “hardest working couple in the show business” – troque-se o funk de James Brown, aquele a quem a frase foi originalmente aplicada, por rock’n’roll; troque-se “show business” por “underground” e fica tudo correctíssimo.

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