Câmara de Cascais vai investir 39 milhões na recuperação de 11 escolas

Entre as escolas que beneficiarão de obras de requalificação, está a Secundária de Cascais que há mais de quatro décadas funciona em estruturas provisórias.

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Rui Gaudencio

A Câmara de Cascais vai investir 39 milhões de euros na construção e requalificação de 11 escolas escolas do segundo e terceiro ciclos e do secundário do concelho. Foi assinado, na tarde desta sexta-feira, um acordo entre a autarquia e o Ministério da Educação, que define as condições de transferência para o município das atribuições para a requalificação das instalações dos estabelecimentos de ensino do concelho, com destaque para a construção da nova Escola Secundária de Cascais — há mais de 40 anos a funcionar em instalações provisórias — e para a requalificação das escolas básicas e secundárias da Ibn Mucana, de Santo António e de São João do Estoril.

Além destas, há ainda outras sete escolas que vão ser alvo de intervenções — Escola Secundária Fernando Lopes Graça, Escola Secundária da Cidadela, Escola Básica de Alapraia, ​Escola Básica Alvide, Escola Básica de Alcabideche, Escola Básica São João do Estoril (Galiza), Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo.

Para o presidente da câmara de Cascais, este investimento é “o maior alguma vez feito” no concelho, na área da educação. “Consideramos todo um conjunto de estudos e de levantamentos que apontam para que as necessidades de todo o equipamento escolar de Cascais tenha de ser intervencionado, e essas intervenções, que estão quantificadas, é que produzem este valor dos 39 milhões de euros”, afirmou Carlos Carreiras (PSD), em declarações à agência Lusa.

O presidente da autarquia explicou que, apesar de estas obras serem da “competência legal do Governo”, o município está a seguir na educação o mesmo caminho que já adoptou noutras áreas, como na saúde ou na segurança, que é o de assumir o investimento nos equipamentos considerados essenciais para o desenvolvimento do concelho.

Segundo Carlos Carreiras, como o actual executivo e os próximos “não terão meios suficientes para colmatar” estas necessidades “absolutamente necessárias, estratégicas e verdadeiros motores de inovação social”, o município optou por, ele próprio, avançar com os investimentos.

“Acreditamos que sem uma escola pública forte, nós não vamos conseguir ter cidadãos na sua plenitude a utilizar os seus direitos e cumprindo necessariamente as suas obrigações”, vincou o autarca.

A autarquia não será ressarcida pelo Governo dos 39 milhões que serão gastos na área da educação, mas Carlos Carreiras espera reaver este investimento no “empoderamento dos próprios jovens e dos estudantes de Cascais”.

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