Alaphilippe surpreende no contra-relógio individual em Pau

O ciclista francês venceu a 13.ª etapa e aumentou a vantagem sobre o galês Geraint Thomas.

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Julian Alaphilippe Reuters/GONZALO FUENTES

A camisola amarela parecia destinada a trocar de dono e o britânico Geraint Thomas (INEOS), vencedor da edição do ano passado da Volta a França, era o mais forte candidato a liderar neste sábado o pelotão na subida ao mítico Tourmalet, no alto dos Pirenéus franceses, mas Julian Alaphilippe (Deceuninck) surpreendeu nesta sexta-feira tudo e todos. O ciclista francês foi o mais rápido no contra-relógio individual de 27,2km, com início e fim na cidade francesa de Pau, e no fim reconheceu ter conseguido “algo incrível”: “Superei os meus limites. Acredito que a camisola amarela me impulsionou.” Entre os portugueses, Nelson Oliveira (Movistar) era um dos candidatos a terminar no top-10, mas concluiu a etapa no 11.º lugar, com 1m03s de atraso para Alaphilippe.

Na véspera de se cumprir a ligação entre Tarbes e o Tourmalet, 117,5km que vão terminar numa contagem de montanha de categoria especial a 2114 metros de altitude — uma subida de 19 quilómetros com inclinação média de 7,4% —, Julian Alaphilippe não só segurou a “amarela” como ainda reforçou a sua liderança na Volta à França.

Os 27,2km da 13.ª etapa do Tour foram realizados em contra-relógio e Alaphilippe, “louco com o público”, deu “tudo o que tinha”, sem ouvir “as informações do director” da sua equipa. O resultado foi um percurso cumprido em 35 minutos e um tempo que surpreendeu o próprio ciclista de Saint-Amand-Montrond: “Sabia que poderia fazer um bom tempo e que iria dar tudo, mas não que conseguiria vencer à frente de grandes corredores como o Geraint Thomas.”

O ciclista galês da INEOS foi 14 segundos mais lento do que Alaphilippe e, no final, não escondeu a surpresa pelo tempo do francês, deixando, no entanto, elogios ao rival: “Não esperava isto de Julian Alaphilippe. Está incrivelmente bem e é definitivamente um dos favoritos. Se continuar assim vai ganhar. Mas ainda há muita estrada e muitas dificuldades”, disse Thomas, que defende a vitória no Tour do ano passado.

O terceiro mais rápido em Pau foi Thomas de Gendt. O belga da Lotto-Soudal demorou mais 36 segundos  que Alaphilippe, enquanto o espanhol Enric Mas, chefe-de-fila da equipa do camisola amarela, demorou mais 53 segundos do que o seu colega.

Entre os portugueses, Nelson Oliveira foi o melhor, terminando o percurso em 11.º lugar — falhou o top-10 por apenas dois segundos. José Gonçalves (Katusha) foi 116.º classificado, a 4m36s de Alaphilippe, enquanto Rui Costa (UAE Emirates) foi o 136.º mais rápido, a mais de 5 minutos do vencedor.

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