Felipa Garnel substitui Bruno Santos na direcção de programas da TVI

Bruno Santos estava há sete anos no cargo e viveu a plena liderança da estação de Queluz. Em 2019, o ciclo mudou e a guerra das audiências está a ser vencida pela SIC.

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Felipa Garnel Rui Gaudencio
Manuel Luís Goucha
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Bruno Santos Daniel Rocha

Felipa Garnel é a nova directora de programas da TVI, substituindo assim Bruno Santos no cargo onde estava há sete anos — o canal esteve 13 na liderança de audiências. A ofensiva iniciada pela SIC em 2018 começou a ter efeitos em Março deste ano, quando pela primeira vez o canal de Carnaxide ultrapassou a TVI na liderança das audiências mensais. O anúncio da nova equipa de direcção da TVI foi anunciado ao fim da tarde desta quinta-feira em comunicado.

A mudança dita a saída de Bruno Santos da TVI e, indica a mesma nota, o “fim da sua relação com o Grupo Media Capital”. 

Esta é a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo de directora de programas da TVI e de um dos canais privados em Portugal. Felipa Garnel foi locutora na RTP e RTP2 e apresentadora na SIC e na RTP. Exerceu ainda as funções de directora das revistas Caras e Lux, esta última detida pelo grupo proprietário da TVI, onde também também trabalhou como apresentadora. “Gosto de desafios e aceitei desde a primeira hora a proposta de fazer parte de uma equipa coesa, empenhada em reconquistar a preferência dos portugueses. Acredito no valor de cada pessoa que trabalha na TVI e estou certa de, unidos, conseguiremos inovar e surpreender”, diz Garnel na nota enviada pela TVI às redacções.

Além das mexidas na direcção de programas, o administrador Luís Cunha Velho passa agora a ficar com o pelouro da Gestão de Antena.

O novo CEO da Media Capital, Luís Cabral, agradece “todo o empenho e trabalho desenvolvido” a Bruno Santos e elogia Felipa Garnel na sua “combatividade, modernidade e capacidade de liderança num ciclo que agora se inicia”. Bruno Santos foi director-geral de antena e programas da TVI e director adjunto de programas na RTP, onde foi ainda sub-director de programação da RTP2 e gestor de programas da RTP Internacional e RTP África.

O ano corrente está a ser precisamente de mudança de ciclo, com a SIC a ser o canal generalista mais visto em Portugal no primeiro semestre de 2019 e a ultrapassar a TVI pela primeira vez em mais de uma década. Se em Março bastou uma décima para dar a vitória à SIC pela primeira vez em 12 anos e meio, no final de Junho, segundo dados da GfK/CAEM e da Initiative, a diferença de share entre SIC e TVI era já de cerca de dois pontos percentuais. A ofensiva começou em Agosto de 2018, com a saída da apresentadora Cristina Ferreira da TVI para a SIC, uma operação montada pelo então novo director de programas da SIC Daniel Oliveira. O seu programa matinal é uma âncora da recuperação de audiências pela SIC, que apostou em novos reality shows mas mantendo o bloco nocturno das novelas, por exemplo. 

Esta é a primeira medida pública de Luís Cabral, que substituiu Rosa Cullell no cargo de líder da Media Capital. Até aqui responsável executivo pelo negócio de rádios, foi escolhido pelo grupo Prisa depois de ter ingressado na Media Capital em 1997 e de ter assistido à tomada da liderança de audiências pela Rádio Comercial.

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