Portugal sonha com mais uma final feliz no Europeu sub-19

Campeões europeus em 2018, os portugueses defendem o título conquistado na Finlândia, com a “vice” Itália de novo no caminho, num grupo que não deixa margem para erros.

Foto
DR

Portugal inicia nesta segunda-feira, em Yereven, na Arménia, a defesa do título de campeão europeu de sub-19 conquistado há um ano, na Finlândia, procurando repetir, pela terceira vez consecutiva, uma presença na final da competição que reúne, até ao próximo dia 27, as oito melhores selecções da actualidade… descontando as grandes ausentes Alemanha e Inglaterra, campeãs em 2014 e 2017.

E fá-lo, precisamente, frente à finalista vencida da última edição, uma Itália cansada de gravitar sem conseguir atingir o alvo, movida pela mesmíssima sede que levou a selecção lusa a vencer o destino. Sede, de resto, comum à heptacampeã e recordista de títulos Espanha, que agora regressa a uma fase final de campeonatos da Europa, quatro anos após ter sido coroada pela última vez, no Grécia 2015.

Depois de, finalmente, ter garantido o título que faltava às selecções jovens de Portugal – compensando as três finais perdidas, em 2003, 2014 e 2017 – à nova “fornada”, agora sob o comando de Filipe Ramos (que sucede a Hélio Sousa como seleccionador da categoria), compete manter a alta bitola das gerações anteriores, cujo registo não podia ser mais eloquente, com duas meias-finais e três finais nos últimos cinco anos.

A pressão é evidente e acentuada pelo grau de dificuldade de um grupo que conta ainda com a selecção anfitriã – sempre um factor a ter em linha de conta - sabendo-se que só os dois primeiros classificados garantem lugar nas meias-finais, onde medirão forças com os apurados do Grupo B… Um “lote”, em tese, menos credenciado, apesar de incluir a tricampeã França (com quatro finais e cinco “meias” nas últimas nove participações) e ainda três “incógnitas”: República da Irlanda, República Checa (superou Inglaterra e Grécia) e Noruega (abateu a Alemanha na qualificação).

Claro que a este nível, num grupo tão restrito de oito candidatos ao ceptro europeu, serão poucas as surpresas reservadas para responsáveis técnicos e jogadores. No caso da “squadra azzurra” ainda menos. Os italianos, cuja conquista do único título na categoria data de 2003, estiveram perto de repetir a proeza em mais três ocasiões, acabando por claudicar nas finais de 2008, 2016 e 2018.

Mesmo tratando-se de diferentes “castas”, há uma escola e tradição sublinhadas pela assiduidade das principais selecções nos grandes momentos, o que nos diz que três dos mais fortes candidatos estão, precisamente, no grupo de Portugal, pelo que atingir as meias-finais não será tarefa simples.

Portugal enfrentará ainda um adversário igualmente temível, especialmente em torneios curtos, com as temperaturas a ultrapassarem os 30 graus – mais 10 do que em Seinäjoki, na Finlândia – embora esse seja um problema transversal que afecta de igual modo todos os participantes.

Independentemente de factores que as equipas não podem controlar, Portugal terá que recuperar o espírito que o levou ao título em 2018, decidido no prolongamento (3-4) frente a uma Itália que também já tinha defrontado (com um resultado adverso, 2-3) na fase de grupos. Uma Itália com diferentes intérpretes, mas a que não faltará talento, o que não constituirá novidade para Filipe Ramos.

Aliás, já depois da passagem de testemunho para a nova vaga, Portugal superou os transalpinos em Setembro de 2018, vencendo (0-1) em jogo de carácter amigável, disputado em Itália, reforçando o moral para um duelo que pode influenciar positiva ou negativamente o desempenho dos campeões em título neste arranque do Arménia 2019.

Sugerir correcção
Comentar