Carlos Gomes Júnior anunciou que é candidato à presidência da Guiné Bissau

O antigo primeiro-ministro que disputava a segunda volta das presidenciais quando ocorreu o golpe militar de 2012, disse que a sua é uma candidatura independente e suprapartidária.

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Carlos Gomes Júnior Rui Gaudêncio

O antigo primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior anunciou este sábado que é candidato independente às eleições presidenciais de 24 de Novembro. Quer “restituir a confiança” aos cidadãos e às instituições do Estado e devolver credibilidade internacional do país, disse.

Em Bissau, e perante dezenas de apoiantes, na sua maioria jovens, Gomes Júnior disse acreditar que em Dezembro, quando fizer 70 anos, será já Presidente.

O antigo primeiro-ministro disse que “desta vez será diferente”. Uma alusão às presidenciais de 2012, quando antes da segunda volta que ia disputar com Kumba Ialá (Presidente entre 2000 e 2003, afastado num golpe e que morreu em 2014) o processo político foi interrompido com um golpe de Estado. 

Na sua intervenção, Carlos Gomes Júnior mencionou antigos companheiros de luta política “por uma Guiné-Bissau melhor” e destacou o "líder carismático Kumba Ialá” que, disse, se fosse vivo estaria ali a apoiá-lo.

“Não somos inimigos, somos adversários políticos”, disse Gomes Júnior, explicando ter pensado muito nos anos em que viveu fora do país, na sequência do golpe militar.

Gomes Júnior afirmou que chegou a ponderar abandonar a política para se dedicar à sua família, mas, tendo em conta “a situação caótica” da Guiné-Bissau e os apelos que tem recebido, decidiu regressar à actividade.

O antigo primeiro-ministro anunciou que a sua é uma candidatura "independente, livre, nacional e suprapartidária”, juntando todos os guineenses que “queiram abrir novos horizontes de uma Guiné-Bissau mais solidária”.

Prometeu que, se for eleito, será um chefe de Estado que vai restaurar a confiança dos cidadãos no país, no Estado de Direito e nas instituições, e devolver a credibilidade aos titulares de cargos públicos.

“O Presidente deve ser um exemplo, uma referência do exercício das suas funções, agindo sempre com ética e integridade na defesa de interesses nacionais”, sublinhou Gomes Júnior, também conhecido por “Cadogo”.

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