Federer volta às finais do Grand Slam e terá Djokovic pela frente

O tenista suíço nunca derrotou o sérvio na final do torneio de Wimbledon. No sábado, joga-se a final feminina.

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Roger Federer Reuters/CARL RECINE

Pela quarta vez, primeira desde 2008, Roger Federer e Rafael Nadal entraram no court central do All England Club e ambos corresponderam às expectativas: um excelente encontro entre os velhos rivais, onde ficaram bem demonstradas as qualidades de cada um, fosse em pontos rápidos ou longos, com muitos a superarem as 20 pancadas. Com excepção do segundo set, Federer foi superior e será ele, amanhã, o adversário de Novak Djokovic na final do torneio de Wimbledon.

“Sem dúvida que será um dos encontros que irei recordar. Porque foi com o Rafa, em Wimbledon, diante de um público entusiasmado, com excelentes condições”, afirmou Federer, após o 40.º duelo entre os dois rivais, ganho, por 7-6 (7/3), 1-6, 6-3 e 6-4. A meia-final só foi decidida no tie-break, o primeiro entre ambos desde Janeiro de 2014. Depois de quatro mini-breaks até 3-3, Federer ganhou quatro pontos consecutivos. Pelo meio, o suíço somou mais um recorde do torneio: 1398 ases no total das suas 21 participações.

Nadal reagiu bem e, após anular dois break-points, aproveitou uma quebra do suíço para dominar a segunda partida. Federer ultrapassou o mau momento rapidamente e, no quarto jogo, conseguiu finalmente quebrar o serviço do rival.

O ascendente de número três do ranking acentuou-se e ficou bem patente nas estatísticas dos dois últimos sets: 27 winners, seis erros não forçados e nenhum break sofrido.

A 3-5, 40-40, Federer respondeu muito bem para obter o primeiro match-point, mas a primeira reacção foi pedir um challenge, por pensar que o serviço tinha sido fora e… não foi. Alguns pontos depois, o suíço viria a ter as duas primeiras oportunidades de fechar, corajosamente anuladas por Nadal. Seria com o seu serviço que Federer fecharia, ao fim de três horas, não sem antes falhar clamorosamente um smash que deu um último break-point a Nadal.

“Tive as minhas oportunidades, mas ele jogou um bocadinho melhor do que eu. A sua resposta foi melhor que a minha e quando não se responde bem, ele fica em vantagem, sentimos mais pressão”, admitiu o número dois mundial.

A um mês de completar 38 anos, Federer é o mais velho tenista a disputar uma final do Grand Slam desde Ken Rosewall, em 1974. Será a sua 12.ª em Wimbledon, onde triunfou por oito vezes. Pela frente, terá Novak Djokovic, com quem perdeu sempre que o defrontou no derradeiro encontro do Grand Slam britânico, em 2014 e 2015.

“Estou entusiasmado. Tivemos um grande duelo recentemente, em Paris”, disse Federer, recordando o encontro no Masters 1000 francês, ganho pelo sérvio (7-6, 5-7 e 7-6).

Na primeira meia-final, Djokovic derrotou Bautista Agut, por 6-2, 4-6, 6-3 e 6-2. O espanhol mostrou que não foi por acaso que venceu o sérvio por duas vezes este ano, ao ganhar a segunda partida. Mas o número um do ranking aproveitou a primeira oportunidade no terceiro set para “quebrar” o adversário e saltar para 5-2, mas só após recuperar de 15-40, com um ponto histórico: 45 pancadas, o mais longo desde que há registos, em 2005.

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