Estado compra cinco aviões para substituir os C-130 por 827 milhões

Os KC-390 da brasileira Embraer vão substituir os velhos C-130 e têm uso civil e militar. Ou seja, podem aumentar a frota de combate a incêndios.

Embraer KC-390
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O primeiro-ministro a bordo de um Embraer KC-390 numa viagem entre São Paulo e o Rio de Janeiro, durante as comemorações do Dia de Portugal, em 2017 LUSA/PAULO NOVAIS
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O primeiro-ministro a bordo de um Embraer KC-390 numa viagem entre São Paulo e o Rio de Janeiro, durante as comemorações do Dia de Portugal, em 2017 LUSA/PAULO NOVAIS
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Um avião Embraer KC-390 LUSA/PAULO NOVAIS
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Um avião Embraer KC-390 Embraer
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Um avião Embraer KC-390 Embraer
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Um avião Embraer KC-390 Embraer

O Governo anunciou esta quinta-feira a compra à empresa brasileira Embraer de cinco aviões KC-390, para substituir os Hércules C-130, por um total de 827 milhões de euros, após reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.

O negócio inclui também a aquisição de um simulador de voo e a manutenção das aeronaves nos primeiros 12 anos de vida, segundo o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

O primeiro destes aviões de carga e transporte tem entrega prevista à Força Aérea Portuguesa em Fevereiro de 2023, seguindo-se mais um por cada ano até Fevereiro de 2027.

“É um momento de grande satisfação. Podemos anunciar a resolução de Conselho de Ministros que dá autorização de despesa para a aquisição de cinco aeronaves KC-390 e um simulador e os contratos de manutenção ao longo dos primeiros 12 anos de vida dessas aeronaves. Trata-se de um culminar de um longo processo de diálogo com a Embraer, de parceria e trabalho conjunto no desenvolvimento da aeronave e, por outro lado, um trabalho de negociação para definição do preço e especificações técnicas”, disse o ministro.

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Frota de C-130 "está no limite da sua utilizabilidade", diz o ministro da Defesa Miguel Manso

Segundo Gomes Cravinho, “o KC-390 vai substituir a frota de C-130, com já 40 anos de idade e que está no limite da sua utilizabilidade”, com “duplo uso – civil e militar, incluindo combate aos incêndios”.

“Vamos inaugurar uma aeronave que tem características inovadoras, porque é de alcance intercontinental. É um avião com dois motores, mas com capacidades que normalmente apenas os aviões de quatro motores conseguem atingir”, disse.

O ministro da Defesa referiu que os actuais C-130 “têm poucos anos de vida útil pela frente”, com “elevado grau de obsolescência tecnológica”, mas vão poder manter-se activos nos próximos “seis a sete anos”, já que “estão a passar por uma pequena modernização necessária para terem autorização para continuar a voar”.

A aquisição das aeronaves KC-390 e do simulador de voo, e respectiva sustentação logística, com as configurações e especificações técnicas, operacionais e logísticas definidas pela Força Aérea, permitirá reforçar as actuais capacidades de transporte aéreo, de busca e salvamento, evacuações sanitárias e apoio a cidadãos nacionais, nomeadamente entre o Continente e os Arquipélagos. Incluem-se, ainda, as capacidades adicionais de reabastecimento em voo e de combate a incêndios florestais, o que possibilita que Portugal disponha de aeronaves com funções de duplo uso (civil e militar).

Portugal, a par da República Federativa do Brasil, é um dos principais parceiros do programa cooperativo de desenvolvimento e produção desta aeronave militar de transporte estratégico, do qual fazem parte igualmente a República Checa e a Argentina. Tendo contribuído para o avanço muito significativo da fase de desenvolvimento do projecto, prevê-se que venha a assumir também um papel fundamental para o sucesso comercial na fase de produção em série, que se reveste de particular importância pelos potenciais benefícios ao nível do desenvolvimento industrial e das exportações.

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