Guardas da Revolução do Irão negam ter tentado impedir petroleiro britânico de passar no Estreito de Ormuz

Sobe a tensão no Médio Oriente onde se sucedem incidentes com petroleiros.

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O HMS Montrose no Estreito de Ormuz EPA

Embarcações iranianas tentaram impedir um petroleiro britânico de progredir no Estreito de Ormuz, mas foram afastados pelo navio de guerra que o escoltava, anunciou o Ministério da Defesa do Reino Unido. Perante a suspeita de que se tratavam de embarcações dos Guardas da Revolução iranianos, estes negaram.

“Contra as regras do direito internacional, três navios iranianos tentaram impedir a passagem do navio mercante The British Heritage, no Estreito de Ormuz”, disse um porta-voz do Governo britânico. Segundo Londres, a fragata HMS Montrose foi forçada a interpor-se entre as três embarcações o petroleiro da BP que saia do Estreito de Ormuz e entrava no Golfo de Omã.

As embarcações iranianas, segundo o Governo de Londres, aproximaram-se do petroleiro e ordenaram-lhe que seguisse em direcção às águas do Irão. O navio de guerra fez “avisos verbais aos navios iranianos”.

O Estreito de Ormuz é uma zona estratégica pois por ali passa quase um terço do petróleo bruto mundial. A região está sob tensão desde há mês, quando seis navios petroleiros foram atacados no Estreito de Omã, com os EUA a responsabilizarem o Irão, que negou a acusação. Os EUA acusaram depois o Irão de ter derrubado um drone que voava numa zona internacional - o Governo de Teerão afirmou que o drone americano sobrevoava o seu espaço, onde foi abatido e no qual caiu.

Em resposta, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou um ataque contra alvos militares iranianos, tendo cancelado a operação no último minuto. 

Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram que estão a dar os primeiros passos para montar uma coligação marítima para patrulhar as águas do Golfo Pérsico e proteger os navios comerciais que por lá navegam. É a mais recente movimentação norte-americana direccionada contra as ameaças que Washington diz virem do Irão e do Iémen. Os contornos do plano vão ser revelados nas próximas semanas.

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