Serena e Halep prontas para um momento especial

Vão discutir o troféu em Wimbledon as duas únicas jogadoras que chegaram à final de um major em cada uma das três últimas épocas.

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LUSA/Alastair Grant / POOL

No sábado, Serena Williams vai ter mais uma oportunidade de igualar o recorde de títulos no Grand Slam, detido por Margaret Court, com 24. Desde que, no início de 2017, venceu o Open da Austrália, que a norte-americana persegue esta marca, mas pelo meio veio uma gravidez que interrompeu a carreira. No regresso à competição, Serena voltou a estar perto, mas perdeu as finais de Wimbledon e do US Open. Novamente na final do major britânico, Serena terá como última adversária outra ex-número um mundial, Simona Halep.

“Não penso que são 23, 24 ou 25, mas sim em ir para o court e dar o melhor. Tem funcionado bem assim”, tentou explicar Serena. “Agora, estou numa situação diferente, estou mais calma. Sinto que tenho coisas a perder, mas também não tenho nada a perder; é como se estivesse no meio. É uma situação diferente porque, há um mês, não estava realmente a jogar”, lembrou a campeã, depois de afastar a checa Barbora Strycova (54.ª no ranking), em 59 minutos: 6-1, 6-2.

Serena esteve bem tanto a atacar como a defender, terminando com 28 winners, 10 erros não forçados e somente 11 pontos cedidos em oito jogos de serviço. “Penso que os pares ajudaram. Ataco a rede mais vezes do que costumava e estou a usar bem as pernas no meu serviço; de certa maneira, redescobri a técnica e penso que ainda posso melhorar”, avisou a actual número 10 do ranking.

Aos 37 anos, nove meses e 17 dias — um mês mais velha do que Martina Navratilova quando, em 1994, disputou a sua última final de singulares em Wimbledon —, Serena é a mais velha finalista de um Grand Slam. Na sua 32.ª final de um major (a duas da recordista, Chris Evert) e 11.ª em Wimbledon, a norte-americana vai defrontar Halep, com quem só perdeu uma vez em 10 embates e já em 2014.

“Nunca irei esquecer essa dura derrota e o nível que ela pode atingir. Ela pode voltar a jogar esse ténis, por isso, tenho que ser melhor. Há muitas coisas impressionantes sobre ela: a sua tenacidade, a capacidade de estar sempre a melhorar, encontrar potência. Não a posso subestimar; ela é como uma pequena central de energia”, adiantou Serena na antevisão da final, que será discutida entre as duas únicas jogadoras que têm disputado uma final de um major em cada uma das três últimas épocas.

Na primeira meia-final, Halep (7.ª) cedeu somente quatro jogos a Elina Svitolina (8.ª) a caminho da sua primeira final em Wimbledon, mas os parciais de 6-1, 6-3 não traduzem o equilíbrio registado em várias fases do encontro de 1h13m. 

Logo os dois jogos iniciais, em que se disputaram mais de 30 pontos, demoraram 18 minutos. Svitolina recuperou de 0-2, com um break em branco, mas não conseguiu fazer a diferença com o primeiro serviço. O último jogo da partida não foi excepção: 10 minutos, durante os quais Halep desperdiçou um set-point com uma dupla-falta e a ucraniana anulou outros dois com winners.

No segundo set, Halep esteve ainda mais sólida, determinada e rápida na movimentação e, com um break no sétimo jogo, decidiu o encontro, em que ganhou 25 dos 32 pontos disputados com nove ou mais pancadas. “Comecei a simplificar as coisas. Darren [Cahill, ex-treinador] ensinou-me como. Tenho trabalhado com um psicólogo, que me ajuda a compreender o que faço mal no court. ”, revelou Halep.

A partir das 13h de sexta-feira, realizam-se as meias-finais masculinas, com Novak Djokovic a defrontar Roberto Bautista Agut, antes do 40.º duelo entre Rafael Nadal e Roger Federer.

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