Sá Pinto elege superação como palavra de ordem

Novo treinador do Sp. Braga esperava regressar a um grande, identificando-se com valores e com projecto minhotos.

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LUSA/HUGO DELGADO

Ricardo Sá Pinto, novo treinador do Sp. Braga, já orientou o treino desta quinta-feira, tendo afirmado na conferência de imprensa de apresentação comungar de várias ideias do antecessor, Abel Ferreira, que convidou para a equipa júnior do Sporting, em 2011-12.

“Já falei com o Abel. Tenho estado em contacto com ele e tenho um conhecimento geral da equipa. Comungamos da ideia de jogo, dos grandes princípios, ofensiva e defensivamente. Temos ideias parecidas e estamos em sintonia. Não somos iguais, até em termos de personalidade. Cada treinador tem a sua forma de liderar. Quero uma equipa sólida e equilibrada, que saiba disputar todos os jogos”, disse.

Sá Pinto admitiu que tinha o desejo de regressar a Portugal, com uma condição: “Tinha que ser para um grande clube. O Braga é um clube à minha imagem: guerreiro! O meu trajecto enquanto jogador e treinador tem sido de grande trabalho, dedicação e sacrifício. Como tal, este clube vai proporcionar-me tudo para que, juntos, possamos vencer”, disse.

O treinador frisou que o primeiro objectivo será chegar à fase de grupos da Liga Europa, tendo para isso que ultrapassar duas eliminatórias. “Na Liga, o Braga estará sempre entre os quatro melhores e a prioridade é garantir o quarto lugar. Depois veremos se poderemos pensar em algo mais. Nas taças da Liga e de Portugal, tentaremos chegar o mais longe possível. Num clube como o Braga, com mentalidade ganhadora, o objectivo é sempre tentar vencer o próximo desafio, independentemente da competição em que estivermos envolvidos”, disse.

Sá Pinto quer que a equipa se transcenda - “a palavra de ordem, este ano, é superação” - e considera que para diminuir a distância para Benfica, FC Porto e Sporting, é preciso ir “ganhando e tendo alguma felicidade”. “No ano passado, o Abel fez um excelente campeonato e temporada. Chegou às meias-finais das taças e foi eliminado por dois grandes clubes”, lembrou.

“O nosso orçamento não é comparável. Apesar da diferença, não podemos deixar de acreditar que é possível conquistar o que quer que seja, connosco não há limites”, acrescentou.

Sá Pinto admitiu estar mais experiente, fruto das várias experiências no estrangeiro, salientando a mesma paixão de sempre pelo jogo. “A minha personalidade não se alterou, continuo muito calmo. Espero ter sucesso e divertir-me, porque muitas vezes estamos envolvidos em demasia e não desfrutamos”.

Sá Pinto, que assinou um contrato de duas temporadas, vai ter como adjuntos Rui Mota, Guilherme Gomes e Carlos Campos, mantendo-se o treinador de guarda-redes Jorge Vital.

O antigo internacional português orientou na época passada os polacos do Legia de Varsóvia, mas não terminou a temporada, saindo em Abril deste ano.

António Salvador, líder do clube, garantiu que Sá Pinto foi a “primeira escolha”, depois de ter sido “surpreendido” pela saída de Abel Ferreira, mas considerou que “a adaptação vai ser rápida”, porque o clube “tem uma estrutura coesa e forte”.

“A primeira pessoa que me veio à cabeça foi o Sá Pinto. Ele partilha os mesmos valores do clube: a ambição de vencer e paixão no que faz. O Sá Pinto é a pessoa ideal para o cargo. Este clube é uma família e, juntamente com os adeptos, queremos criar uma onda e uma dinâmica para vencer”, disse.

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