PCP critica “embuste” do “bloco central” de Bruxelas e escolhas para dirigentes na UE

Segundo os comunistas, verifica-se na UE a “insistência no aprofundamento das políticas federalistas, neoliberais, militaristas e securitárias”.

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Ursula von der Leyen LUSA/PATRICK SEEGER

O PCP condenou nesta quarta-feira o “embuste” do “bloco central” de Bruxelas na escolha de figuras para os lugares de topo das instituições europeias, considerando que a União Europeia (UE) segue pela via federalista, neoliberal, militarista e securitária.

“O compromisso alcançado não rompe com o denominado “consenso de Bruxelas” entre o PSE (Socialistas e Democratas Europeus) e o PPE (Partido Popular Europeu) - que sofreram significativos recuos nas eleições para o Parlamento Europeu. Pelo contrário, traduz uma reconfiguração desse “consenso”, passando a incluir com outro protagonismo os chamados “liberais"”, lê-se num comunicado.

Os dirigentes comunistas reagem assim ao resultado da “maratona" negocial de três dias no último Conselho Europeu para a indicação dos dirigentes principais que culminou com a ministra da defesa alemã Ursula von der Leyen na presidência da Comissão Europeia, a francesa Christine Lagarde, directora do Fundo Monetário Internacional na liderança do Banco Central Europeu (BCE) e o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa.

“O compromisso alcançado confirma o embuste dos chamados “candidatos a Presidente da Comissão Europeia” (Spitzenkandidaten), manobra mediática e de manipulação política que procura dar cobertura à campanha de aprofundamento do carácter federalista das instituições europeias, sob a falácia da sua “democratização”, e dos cargos agora em disputa”, critica o PCP.

Entretanto, o socialista italiano David-Maria Sassoli foi nesta quarta-feira eleito presidente do Parlamento Europeu.

Segundo os dirigentes comunistas, verifica-se na UE a “insistência no aprofundamento das políticas federalistas, neoliberais, militaristas e securitárias, com expressões autoritárias e antidemocráticas - políticas que alimentam a extrema-direita”.

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