Suspeitos de cultivar canábis em Matosinhos e na Maia ficam em prisão preventiva

Trio, que poderá ter contado com ajuda de outras pessoas, admite a PSP, mantinha cultivo altamente sofisticado.

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Sergio Azenha

Os três suspeitos de cultivar, colher e comercializar ilicitamente canábis em Matosinhos e na Maia, que foram detidos na segunda-feira, ficaram em prisão preventiva, adiantou à Lusa fonte da PSP/Porto. Os detidos, dois homens e uma mulher de nacionalidade estrangeira, ficaram sujeitos à medida de coacção mais gravosa, após terem sido ouvidos esta quarta-feira por um juiz de instrução criminal.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, o comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP/Porto adiantou que os suspeitos detinham “um sistema complexo e elaborado”, demonstrando “experiência” na prática deste ilícito. O intendente Rui Mendes avançou que os sistemas associados ao cultivo da canábis, nomeadamente de rega, ventilação e extracção, eram de uma “enorme sofisticação”, dando como exemplo o sistema de extracção, não só ao nível do próprio local, mas da projecção dos próprios gases para que quem morasse à volta do local de cultivo não se apercebesse do cheiro.

Além disso, em termos de sistema eléctrico, fizeram uma ligação directa e ilícita a um posto de transformação, causando à operadora eléctrica um prejuízo de mais de três milhões de euros durante um ano, comentou. No decorrer das buscas, que se realizaram segunda-feira, os agentes apreenderam num armazém na zona industrial da Maia, no distrito do Porto, cerca de uma tonelada de plantas e folhas de canábis em diferentes estados de maturação, material de cultivo, colheita e acondicionamento de droga. Confiscaram também três mil euros, um carro, 600 lâmpadas térmicas, 500 balastros eléctricos e cerca de dez mil ventiladores.

Rui Mendes revelou ter pedido cooperação internacional para confirmar a existência ou não de antecedentes criminais dos detidos que não têm actividade profissional. “Admitimos que haja mais pessoas envolvidas, estando a desenvolver mais diligências, nomeadamente na comercialização da droga”, reforçou. A operação de detenção envolveu 50 agentes e é das maiores operações da Divisão de Investigação Criminal em matéria de tráfico de droga, revelou Rui Mendes.

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