Alterações climáticas: ninhos sintéticos, animais plastificados, flores a arder

©Maria Oliveira
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É ainda manhã, aos olhos da fotógrafa Maria Oliveira. Vivemos ainda na manhã da consciência que é necessária para podermos viver em harmonia com o planeta, aquele "que insistimos em mudar e dominar à força", disse, em entrevista ao P3, a autora do projecto que está, até 2 de Julho, em exposição nos jardins do Palácio de Cristal, ao abrigo da Bienal de Fotografia do Porto. A série fotográfica, criada ao longo de um ano passado sobretudo na região de Ponte de Lima, entre 2018 e 2019, responde ao desafio colocado pela organização da bienal, a Ci.CLO, de pensar sobre a posição do ser humano face ao meio ambiente e ao seu contexto socio-económico.

O projecto versa sobre adaptação, transição, conceitos presentes sob a forma de metáfora visual nas imagens de Maria. Ninhos de plástico, animais mortos dentro de bolsos ou plastificados, flores a arder são algumas das alusões que a fotógrafa faz às dicotomias "controlo/fragilidade", "poder/subtileza" que referiu em entrevista. "O mundo existe apesar de nós", refere. "Neste sentido, e neste momento, fará sentido tomar consciência do lugar que ocupamos, em que direcção seguimos."

Maria Oliveira foi distinguida nos prémios Novos Talentos Fnac, na categoria de Fotografia, com a série Guardar o fogo para dias de pouca luz.

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