Roger Federer e João Sousa acordaram a tempo

O português também cedeu um set na sua estreia em Wimbledon.

Foto
Roger Federer Reuters/CARL RECINE

A alcunha de Lloyd Harris é “King”. E foi assim que o sul-africano de 22 anos se sentiu durante meia-hora, após pisar pela primeira vez o histórico court central do All England Croquet and Lawn Tennis Club. Mas em Wimbledon não há lugar para dois reis e, passada hora e meia, seria Roger Federer a receber os aplausos destinados ao vencedor.

Harris só ganhou um encontro em relva – há dois anos, num qualifying – mas já conquistou três títulos no Challenger Tour e 15 no circuito ITF, que o levaram ao 86.º lugar que ocupa no ranking. E até se aconselhou com o compatriota Kevin Anderson, que, no ano passado, derrotou Federer nos quartos-de-final. Só que o suíço rapidamente encontrou o seu nível de jogo e três sets convincentes fizeram esquecer o inicial. No final, o número três do ranking confirmou, de forma diplomática, as suspeitas de que as condições de jogo este ano são das mais lentas dos últimos anos.

“Talvez não sejam as mais lentas de sempre, talvez seja eu que me movimento como um caracol. Os tratadores fazem um trabalho espantoso que faz com que seja fácil jogar da linha de fundo. E as bolas também não são muito vivas e estamos em Inglaterra, não há tempo quente”, adiantou Federer, depois de vencer Harris (86.º no ranking), por 3-6, 6-1, 6-2 e 6-2

João Sousa (69.º) cedeu igualmente um set ao britânico de 19 anos, Paul Jubb (431.º). Após dois sets rápidos, o campeão universitário dos EUA mostrou as suas qualidades e ganhou o terceiro set, em que salvou dois match-points. Rapidamente Sousa repôs a normalidade e, 20 minutos depois, concluiu com os parciais de 6-0, 6-3, 6-7 (8/10) e 6-1.

O torneio masculino perdeu nesta terça-feira Dominic Thiem (4.º), finalista em Roland Garros, eliminado por Sam Querrey (65.º) – que, em Wimbledon, já tinha derrotado Andy Murray, em 2017, e Novak Djokovic na edição anterior. Rafael Nadal dominou (6-3, 6-1 e 6-3) Yuichi Sugita (274.º) e marcou encontro com Nick Kyrgios. O australiano venceu metade dos duelos com o número dois do ranking, incluindo o primeiro – há cinco anos, em Wimbledon: 7-6 (7/5), 5-7, 7-6 (7/5) e 6-3 – e o último – em Março, nos hardcourts de Acapulco: 3-6, 7-6 (7/2) e 7-6 (8/6). “Ele é muito perigoso quando quer jogar ténis e frente aos melhores, ele quer jogar ténis”, disse Nadal.

O torneio feminino ficou sem duas antigas campeãs. Garbiñe Muguruza (27.ª), vencedora em 2017, foi derrotada pela brasileira Beatriz Haddad Maia (121.ª), com um duplo 6-4. E Maria Sharapova, campeã em 2004, desistiu devido a uma lesão no pulso esquerdo, quando Pauline Parmentier comandava o terceiro set, por 5-0.

Ashleigh Barty, actual número um mundial, estreou-se sem problemas, tal como Serena Williams, que acabaria por confirmar ter aceitado o convite de Andy Murray para competirem em pares mistos.

Sugerir correcção
Comentar