Favoritos resumem-se ao “Big Three” e a uma pequena líder

Quadro principal do torneio de Wimbledon arranca hoje, com Djokovic, Nadal e Federer à cabeça.

Foto

Vencedor dos últimos 10 torneios do Grand Slam, o “Big Three” apresenta-se novamente como favorito a triunfar no torneio de Wimbledon, que hoje tem início no sudoeste de Londres. A maior dúvida prende-se com o nome do campeão: Novak Djokovic, Roger Federer ou Rafael Nadal, já que nenhum outro tenista apresentou, até agora, credenciais suficientes para assumir uma candidatura na relva do All England Club.

Foi há exactamente um ano que Djokovic iniciou em Wimbledon o regresso ao domínio do ténis masculino. Chegou como 21.º do ranking e com 18 encontros ganhos em 27. Ronda a ronda, a confiança foi crescendo e, após derrotar Nadal, nas meias-finais, venceu Kevin Anderson no derradeiro encontro. Seguiram-se a conquista do US Open e mais dois Masters 1000, numa fase final da época em que perdeu só três encontros e recuperou o primeiro lugar do ranking

Este ano, Djokovic surge em Wimbledon com 28 vitórias e seis derrotas, mas, em contraponto com 2018, com dois títulos: Open da Austrália e Masters 1000 de Madrid. E com uma novidade na equipa técnica: Goran Ivanisevic, campeão em 2001 e treinador de Marin Cilic, quando este conquistou o US Open de 2014. Como dita a tradição, será Djokovic a abrir a primeira jornada no histórico court central, defrontando o alemão Philipp Kohlschreiber (57.º ATP).

Quando entrar em acção, Roger Federer será o primeiro homem a participar no torneio de singulares de Wimbledon pela 21.ª vez. O suíço é também o jogador com melhor registo de vitórias sobre a relva (87%) na Era Open e recordista com 19 títulos conquistados nesse piso — oito em Wimbledon. Há oito dias, ganhou na relva de Halle, o que o faz acreditar que, aos 37 anos, ainda pode somar mais um aos 20 majors já detidos.

Rafael Nadal esteve na final do Grand Slam britânico por cinco vezes (entre 2006 e 2011), conquistando o título em 2008 e 2010, mas só no ano passado voltou às meias-finais. Este ano, o espanhol vai tentar a dobradinha Roland Garros-Wimbledon pela terceira vez e igualar o feito de Bjorn Borg (1978-1980).

No torneio feminino, a lista de favoritas não é pequena, tal o equilíbrio registado actualmente. Mas as atenções irão virar-se para a nova número um mundial, Ashleigh Barty, embora a australiana de 23 anos e 1,66m nunca tenha passado da terceira ronda. Mas Barty — que poderá ter de defrontar três antigas campeãs da prova até à final — também nunca chegou a Wimbledon com a confiança tão em alta, após ascender ao topo do ranking com o primeiro título do Grand Slam, em Roland Garros.

Na parte inferior do quadro, Karolina Pliskova reforçou o seu favoritismo a uma presença no derradeiro encontro, ao vencer, no sábado, o torneio de preparação de Eastbourne. Pliskova é uma das quatro jogadoras que poderá sair de Wimbledon como número um do ranking, destronando Barty. As outras são Naomi Osaka, Kiki Bertens e Petra Kvitova.

O torneio de pares masculinos terá duas atracções extra, pois, pela primeira vez em 27 anos, dois campeões de singulares irão estar no quadro da variante: Lleyton Hewitt (2002) e Andy Murray (2013 e 2016). Ao contrário de 1992 – quando John McEnroe e Michael Stich se juntaram para conquistar o título –, os dois não formarão dupla – o australiano compete ao lado do compatriota Jordan Thompson, enquanto Murray terá como parceiro o francês Pierre-Hugues Herbert.

Entre as novidades para este ano, destaque para a primeira edição do torneio em que será introduzido um tie-break a 12-12 no último set e para a estreia no court n.º 1 de um tecto amovível, resultado de um investimento de 78 milhões de euros, que permitiu igualmente elevar a capacidade do estádio para 12.345 lugares. O prize-money total subiu para 42 milhões de euros, cabendo a cada campeão de singulares 2,6 milhões – mais 110 mil do que em 2018. Os derrotados na primeira ronda do quadro principal contentar-se-ão com 50 mil euros.

Sugerir correcção
Comentar