Oliveira com terceiro melhor resultado em MotoGP na Holanda

Português partiu da cauda do pelotão e cruzou a meta no 13.º lugar, conquistando três pontos.

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Miguel Oliveira na corrida deste domingo Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

Pela quinta vez este ano, Miguel Oliveira terminou uma corrida na zona dos pontos, conquistando mais três nesta sua época de estreia na categoria rainha de MotoGP. O 13.º lugar alcançado no Grande Prémio (GP) da Holanda é o terceiro melhor resultado do português da equipa satélite da KTM nas oito provas já disputadas, ainda mais relevante por ter arrancado da 20.ª posição da grelha de partida. A figura do circuito de Assen foi o espanhol Maverick Viñales, com o primeiro triunfo em 2019, mas o segundo lugar de Marc Márquez deixou o campeão do mundo mais solitário na liderança. 

“Foi uma corrida difícil”, admitiu no final o piloto de Almada, referindo que a posição de partida não o ajudou e que encontrou algumas dificuldades nas primeiras voltas para ultrapassar adversários: “De qualquer forma, consegui ter um bom ritmo no final. Fui competitivo e lutei com outros pilotos, acabando por terminar nos pontos, que era o objectivo principal.”

Oliveira estava particularmente satisfeito por ter sido “mais competitivo do que as duas KTM da equipa de fábrica”, tendo ficado apenas atrás do espanhol Pol Espargaró (11.º). E na última curva de Assen o almadense conseguiu ainda ultrapassar o seu grande rival da temporada passada em Moto2, o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), campeão mundial da categoria intermédia no ano passado. “É um pequeno passo, mas estamos a chegar lá. Recolher informação para o futuro também é importante”, sublinhou.

Enquanto Miguel Oliveira galgava lugares na cauda da corrida, a luta pelos primeiros lugares continuava também intensa. No final sobrou um duelo tantas vezes antecipado para esta temporada, entre Maverick Viñales e Marc Márquez. O campeão do mundo foi batido pelo compatriota, mas iria ampliar a sua vantagem na classificação geral face aos mais directos adversários pelo título.

Puxando o filme atrás, as Suzuki foram as primeiras protagonistas da corrida holandesa, com os espanhóis Alex Rins e Joan Mir a assumirem o comando do pelotão após um arranque fulgurante. Atrás, seguiam as Yamaha do francês Fabio Quartararo e de Viñales. Márquez não começou bem, mas foi recuperando terreno para este quarteto.

Uma queda de Rins (que abandonou) e um erro de Mir abriram caminho a Quartararo, Viñales e Márquez. O comando da prova rodou por este trio, antes de a luta pela vitória ficar reduzida à dupla espanhola na derradeira fase.

Viñales controlou a liderança e Márquez, incapaz de reduzir a vantagem de meio segundo, acabou por abdicar. Foi o fim de uma longa travessia do deserto para Maverick e para a Yamaha, que não venciam desde o GP da Austrália, na temporada passada. 

“Estou contentíssimo. É realmente incrível poder estar no lugar mais alto do pódio, mas dar à Yamaha a vitória é o mais importante para mim”, resumiu no final o piloto, de 24 anos, bem conhecido de Miguel Oliveira. No início da carreira de ambos, tiveram lutas intensas pelos títulos do Campeonato Espanhol de Velocidade (CEV), a antecâmara das categorias de topo.

Quem voltou a desiludir nesta foi o ilustre companheiro de equipa do espanhol, Valentino Rossi, que não evitou uma queda violenta (sem consequências aparentes) e desistiu quando ocupava a 11.ª posição.

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