Hospital de Gaia confirma nomeação de nova directora de farmácia após demissão da actual

Depois do pedido de demissão da doutora Aida Batista, o Conselho de Administração do CHVNGE noemou para a direcção do serviço farmacêutico a doutora Amélia Marques.

Foto
LUIS EFIGENIO / agencia

A administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) confirmou esta quinta-feira a demissão da directora do serviço farmacêutico, dizendo já ter sido nomeada uma nova dirigente.

“O Conselho de Administração do CHVNGE aceitou a demissão da doutora Aida Batista, tendo sido nomeada ainda hoje para a direcção do serviço farmacêutico a doutora Amélia Marques”, esclareceu, numa nota enviada à Lusa. Apesar de alguns constrangimentos, o serviço é assegurado e “não coloca em causa o bem-estar” dos utentes ou a prestação de serviços assistenciais, acrescentou.

Além disso, o centro hospitalar adiantou que a 11 de Junho iniciou funções um novo farmacêutico e que, no próximo dia 1 de Julho, começará mais um. A directora do serviço farmacêutico desta unidade hospitalar apresentou a demissão por falta de condições de trabalho e falta de pessoal, com “enorme potencial de ocorrência de acidentes graves” que podem afectar os doentes.

Numa carta enviada ao director clínico e à administração do Centro Hospitalar, a farmacêutica Aida Batista pediu a sua substituição imediata enquanto directora do serviço farmacêutico de Vila Nova de Gaia/Espinho, avisando para a falta de “condições basilares” para exercer o cargo, que chegaram a tomar “proporções assustadoras”.

“Tem havido uma delapidação constante do capital humano em quase todas as classes profissionais que colaboram no serviço farmacêutico”, escreve a responsável na carta, a que a agência Lusa teve acesso, sublinhando que deu conhecimento superior destas dificuldades várias vezes.

Aliás, o serviço farmacêutico do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho deixou de funcionar 24 horas por dia, passando a assegurar um horário das 08:00 às 20:00. A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos considerou que encontrar um novo director “não resolve os problemas” que levaram à demissão da actual responsável pelo serviço.

“Vamos ser claros, os problemas mantêm-se no hospital. Quando estas demissões acontecem, depois de mais de 40 anos de carreira, é porque as pessoas, os profissionais já não conseguem responder com segurança e com responsabilidade, àquilo que lhes é pedido”, sublinhou Ana Paula Martins. Segundo a bastonária, “é de facto uma situação que tem de ser resolvida”, tendo em conta que “a directora do serviço se demitiu porque não tem recursos humanos suficientes e porque há muitos anos que é sistematicamente prometido novas instalações”.

Sugerir correcção
Comentar