Jogos Olímpicos vão poder ser organizados por várias cidades ou países

A medida já foi adoptada para outras grandes competições desportivas internacionais, como é o caso do próximo Europeu de futebol de 2020.

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O COI quer ter mais candidatos à organização dos Jogos Olímpicos Reuters/Denis Balibouse

O Comité Olímpico Internacional (COI) aprovou nesta quarta-feira alterações à Carta Olímpica que passam a permitir a candidatura de um grupo de cidades, uma região ou país à organização dos Jogos Olímpicos.

Ao abrigo das alterações aprovadas na 134.ª assembleia do COI, que decorreu em Lausana, na Suíça, cai a obrigatoriedade de designar a cidade sede dos Jogos Olímpicos sete anos antes do evento.

O COI pretende dar prioridade a candidaturas que já tenham instalações desportivas e infra-estruturas construídas e exige “um plano de legado sustentável” para todas as construções olímpicas.

As alterações à Carta Olímpica foram aprovadas por unanimidade numa altura em que o movimento vive uma crise em relação às candidaturas à organização de Jogos Olímpicos, sobretudo devido aos elevados custos que o evento acarreta.

Em 2017, só se apresentaram à organização dos Jogos Olímpicos de 2024 as cidades de Paris e Los Angeles, o que levou o COI a entregar essa edição à capital francesa e a oferecer à cidade norte-americana a edição de 2028.

Thomas Bach, presidente do COI, classificou as alterações como “uma evolução da revolução”, da Agenda 2020, um pacote elaborado pelo COI em 2014, que, entre outros aspectos, visa reduzir custos na organização dos Jogos Olímpicos.

A decisão de espalhar grandes competições desportivas por diferentes países ou cidades tem vindo a ser adoptada por vários organismos internacionais com responsabilidade de atribuir a organização desses eventos. O próximo Europeu de futebol, por exemplo, em 2020, será disputado em 12 cidades europeias. 

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