Comité quer alterar método de escolha dos anfitriões dos Jogos Olímpicos

Comité Olímpico Internacional defende a escolha do local do evento com menos anos de antecedência.

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Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT

O Comité Olímpico Internacional (COI) quer promover alterações no processo de atribuição da organização dos Jogos Olímpicos, nomeadamente na sua antecedência, afirmou esta terça-feira o presidente do organismo.

Thomas Bach reconheceu que seria “impensável” para o fundador do COI, o francês Pierre de Coubertin, definir a organização dos Jogos com 11 anos de antecedência, como ocorreu com a escolha de Los Angeles para anfitriã do evento em 2028.

Actualmente, a carta olímpica prevê a atribuição com sete anos de avanço, como ocorreu na segunda-feira, com a escolha de Milão/Cortina d"Ampezzo para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026.

Coubertin acharia também “inconcebível ver o interesse manifestado para receber os Jogos Olímpicos 17 anos antes, como acontece agora com 2032 e 2036”, acrescentou Bach, no segundo dia da 134.ª sessão do COI.

A cidade australiana de Brisbane manifestou interesse em acolher as competições em 2032, tendo já realizado um estudo de viabilidade, numa “corrida” em que surgem ainda Jacarta, Bombaim, além da encorajada candidatura conjunta das duas Coreias.

Na quarta-feira, a assembleia olímpica deve analisar as propostas de reforma dos processos de candidatura, que poderá aumentar o poder da administração do COI na escolha das cidades e reduzir as incertezas das campanhas, tendo em vista a redução de gastos.

Antes de qualquer candidatura, o COI pretende ainda solicitar às cidades interessadas a realização de um referendo, sempre que a legislação permita.

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